Dois Tópicos da Relatividade
Quando
entrei na faculdade de engenharia em 1972/2 (segundo semestre de 1972), fiquei
reprovado em todas as matérias do 1º ano, 1º semestre, podendo optar por fazer como curso de
verão duas delas, uma dada pelo professor de matemática Stander e outra pelo
professor de física, Antônio Brasil Batista, que ficou sendo nosso amigo. No
ano seguinte entraram vários que, pela graça de Deus, tornaram-se nossos amigos,
e ABB nos convidava a sua casa em Vila Velha, onde morava com a esposa, Sílvia,
e duas crianças pequenas. Tinha vindo do Paraná ou Santa Catarina, não recordo,
e falou de relatividade, fiquei interessadíssimo, mas não prossegui na
compreensão porque duas coisas me embatucavam:
1.
A
dilatação do tempo;
2.
O
encurtamento do espaço/régua.
Achava que essas coisas não poderiam acontecer, contudo
só eu acreditava nisso (como, muito depois, também não concordei com o
Aquecimento Global, ao que meu filho Gabriel dizia: “pai, no mundo inteiro só
você não acredita nisso”; vim a saber que não era somente eu, pelo contrário,
começou a pipocar – e não que eu não cresse, acho que não é propriamente
intervenção humana maciça, a Terra é muito grande, é mais como se fosse o
empurrãozinho que desloca a pedra que rola e cai no abismo).
Quem era eu para contestar Einstein!
Porém, de fato, não foi somente nisso, na questão dos
desenhos dos buracos negros como se fosse folhas de borracha afundando eu
achava absurdo (como já coloquei alhures).
Em particular, quanto ao espaçotempo, achei que nada
disso acontecia mesmo, eram confusões, era mais como aumentar a “pressão de
fundo” da materenergia, detendo o avanço do tempo e FAZENDO PARECER que a régua
contraía, encurtava em razão da dilatação do tempo na equação VET (velocidade =
espaço/tempo). Agora, diria que o tempo bate mais lentamente quanto mais nos
aproximamos dos limites de c, velocidade da luz no vácuo em
.

É como formar uma BARREIRA DA LUZ (como existe a barreira
do som) que torna cada vez mais difícil avançar porque ocorre o PSEUDO-EFEITO
do aumento de massa (pois, se a massa aumentasse de fato, grande parte da massa
das galáxias que avançam a enormes frações de c levaria a tremendas distorções,
sem falar que os fótons teriam massa infinita) – penso que a inércia toda do
universo começa a segurar os objetos.
ENTÃO, não há dilatação do tempo, o pulso do universo é
que bate mais devagar (ou os objetos sairiam do presente universo) – a pessoa não
estaria vivendo mais, estaria vivendo a mesma quantidade em pulsos MUITO MAIS
LENTOS (como tartarugas cujas pulsações são bem mais lentas).
Resumindo, nem o tempo dilata nem o espaço encurta, ainda
são o mesmo espaço e tempo, o ET uniforme, só que agora, por exemplo, a pessoa
está vivendo um dia a cada ano – continua sendo um dia, só que precisam passar
365 deles para completar um ano e um ano do viajante corresponderia a 365 dos
nossos: o coração de toda a matéria está batendo a 1/365 do tempo normal.
E tudo fica no mesmo ET geral.
Não há qualquer distorção ou outras dimensões ou isso e
aquilo, toda aquela baboseira dos bajuladores. Portanto, segundo eu mesmo de
agora, eu daquele tempo estava certo.
Não deixa de ser difícil manter uma convicção durante 40
anos à sombra de Einstein e contra a compreensão geral!
Serra, quarta-feira, 14 de outubro de 2015.
GAVA.
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