quarta-feira, 24 de outubro de 2018


A Escola das Urnas

 

A escolha das urnas, também.

Ouço falar isso desde criança, provavelmente desde antes de adquirir o título de eleitor depois dos 18 anos.

Muito tempo se passou, 46 anos, e as pessoas ainda não raciocinaram sobre o que é, tendo sido dito explicitamente pela Constituição fajuta de 1988: “o poder emana do povo e em seu nome será exercido”. Sai do povo, sai somente dele, vem dele e não das elites, nem dos militares, nem dos poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário), dos empresários ou quaisquer outros. E em seu nome (consultando as dificuldades em todo LAL, longitude, altitude, latitude) deveria ser exercido, como na constituição americana: do povo (emana), pelo povo (é exercido), para o povo (progresso e ordem).

É privativo, uma cabeça, um voto.

É secreto.

A RENOVAÇÃO DAS SALAS (só dois dos três senadores disputaram)

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Vem aumentando, de 1/3 a 1/2 dos 513 deputados federais.
Resultado de imagem para renovação do senado em 2018
Vários figurões saíram e vão ter de enfrentar a Lava Jato (nem deveria existir foro privilegiado, anúncio explícito de que a constituição é fantasia).

Por mais de 40 anos, desde Linhares, venho perguntando “qual o valor do voto”? Como já abordei detalhadamente várias vezes, é imenso: cada indivíduo pode pouco, mas quando todo um povo se move, pode muito. A eleição de 2018 foi ótima, lavou nossa alma: muitos medalhões (como Dilma em MG – onde foi rejeitada pelos mineiros -, que nem teria podido se candidatar, não fosse Lewandowski permitir sua elegibilidade) pularam fora.

Perderam o salário, que é grande, mas mínimo perto das chances de receber dinheiro de corrupção; de se apresentar diante da mídia toda; de ser bajulado por vereadores, prefeitos, governadores, deputados estaduais; de poder controlar as verbas de gabinete e nomear um monte de gente (o dinheiro que gastamos com os três poderes é revoltante); de distribuir verbas (o que nem deveria ser possível) nos seus estados e municípios; de ser adulado pelo pessoal de gabinete e tratado de “sua excelência” e assim por diante.

Por incrível que pareça, não houve quem nos oferecesse informações gerais, de todos os aspectos do funcionamento dos poderes, especialmente o Legislativo, fonte das maiores lambanças.

E vem o povo e tira tudo do sujeitinho!

Vale bem um livro com esse título, A Escola das Urnas, sobre o que elas ensinam aos espertos-decentes e aos espertalhões-indecentes.

Vitória, quarta-feira, 24 de outubro de 2018.

GAVA.

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