A
Escola das Urnas
A escolha das
urnas, também.
Ouço falar isso
desde criança, provavelmente desde antes de adquirir o título de eleitor depois
dos 18 anos.
Muito tempo se
passou, 46 anos, e as pessoas ainda não raciocinaram sobre o que é, tendo sido
dito explicitamente pela Constituição fajuta de 1988: “o poder emana do povo e
em seu nome será exercido”. Sai do povo, sai somente dele, vem dele e não das
elites, nem dos militares, nem dos poderes (Executivo, Legislativo,
Judiciário), dos empresários ou quaisquer outros. E em seu nome (consultando as
dificuldades em todo LAL, longitude, altitude, latitude) deveria ser exercido,
como na constituição americana: do povo (emana), pelo povo (é exercido), para o
povo (progresso e ordem).
É privativo, uma
cabeça, um voto.
É secreto.
A RENOVAÇÃO DAS SALAS
(só dois dos três senadores disputaram)
Vem aumentando,
de 1/3 a 1/2 dos 513 deputados federais.
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Vários figurões saíram
e vão ter de enfrentar a Lava Jato (nem deveria existir
foro privilegiado, anúncio explícito de que a constituição é fantasia).
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Por mais de 40
anos, desde Linhares, venho perguntando “qual o valor do voto”? Como já abordei
detalhadamente várias vezes, é imenso: cada indivíduo pode pouco, mas quando
todo um povo se move, pode muito. A eleição de 2018 foi ótima, lavou nossa
alma: muitos medalhões (como Dilma em MG – onde foi rejeitada pelos mineiros -,
que nem teria podido se candidatar, não fosse Lewandowski permitir sua elegibilidade)
pularam fora.
Perderam o salário,
que é grande, mas mínimo perto das chances de receber dinheiro de corrupção; de
se apresentar diante da mídia toda; de ser bajulado por vereadores, prefeitos,
governadores, deputados estaduais; de poder controlar as verbas de gabinete e
nomear um monte de gente (o dinheiro que gastamos com os três poderes é
revoltante); de distribuir verbas (o que nem deveria ser possível) nos seus
estados e municípios; de ser adulado pelo pessoal de gabinete e tratado de “sua
excelência” e assim por diante.
Por incrível que
pareça, não houve quem nos oferecesse informações gerais, de todos os aspectos
do funcionamento dos poderes, especialmente o Legislativo, fonte das maiores
lambanças.
E vem o povo e tira
tudo do sujeitinho!
Vale bem um livro
com esse título, A Escola das Urnas, sobre o que elas ensinam aos
espertos-decentes e aos espertalhões-indecentes.
Vitória, quarta-feira,
24 de outubro de 2018.
GAVA.
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