Real
e Virtual
Como vimos (na
seqüência cronológica) no artigo Em
Busca das Origens da Moeda, tudo diz respeito à percepção.
ENVIO
DOS TRENS DE ONDAS E RECEPÇÃO-PERCEPÇÃO (como na Teoria da Informação/Comunicação,
depende de o emissor emitir direito, depende do meio não distorcer, depende da
recepção correta pelo receptor; o que depende do código ser conhecido de ambos,
etc.)
A emite...
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... B recebe e
reemite...
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... A recebe,
modifica e reenvia...
|
|
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... B tenta
compreender e remete...
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A está no seu presente,
B está no futuro de A; quando B recebe, fá-lo no SEU PRESENTE, mas A esteve
emitindo do que é agora seu passado. B processa e manda para A, que está em seu
futuro.
Se todos estão no
futuro ou no passado, como eles se falam? Resolvi esse problema e o denominei
(apesar de Einstein) Horizonte de Simultaneidades HS (seria, como viria a saber
depois, o HP Horizonte de Planck) há quase 40 anos, quando tinha uns 20.
Para resumir, O
ESPAÇO EXISTE, ele é que é verdadeiro. O tempo não existe, é um pulsar, um
bater, um sincopado fundamental, o tempo de Planck que chamei de PULSO DO
UNIVERSO, 10-44 s. O espaço existe ali. Todos os objetos do universo
estão nele.
Entretanto, quando A
e B estão conversando todas as ondas-portadoras têm várias velocidades que, por
maiores que sejam, são finitas. Entre A e B há um retardo. Tanto A quanto B
estão no HS, porém a mensagem de A partiu do pseudo-passado e desde quando A
emitiu A continua no HS, assim como B e a mensagem em trânsito, mas estão
separados (esse é o derradeiro nome do “passado”, separação) e até que B receba
de A, A deixa de existir, só existindo na medida em que suas mensagens são RECEBIDAS.
Mensagem é COMUN-ICAÇÃO, COMUNIC/AÇÃO, ato permanente de comunicar.
Só existe o que
comunica.
Não comunicar é não
estar presente.
Pois as pessoas e
todos os objetos do universo são realmente ilhas, só sabendo umas das outras na
medida em que se comunicam. Quando a mensagem de A TOCA em B, B passa a saber
de A: A existe (só enquanto está recebendo, logo depois de deixar de receber A
deixa de existir).
Contudo, que A é esse
que existe?
Esse A existe COMO
MENSAGEM porque, estando separado, B não sabe mais que existe verdadeiramente
esse A.
Embora todos
estejamos no real, sem mensagem estamos todos ilhados no virtual. Somos pontos
separados dependendo de mensagens. Veja a questão de Andrômeda, galáxia situada
há 2,0 milhões de anos-luz da Via Láctea: como os astrônomos viram
perfeitamente, essa que vemos EXISTIU há 2,0 milhões de anos. Como continuamos
a receber mensagens continuamente, pensamos que ela existe ainda, mas poderia
ter explodido há 30 minutos e só saberíamos disso daqui a 2,0 milhões de anos.
ANDRÔMEDA É NOTÍCIA VELHA (todo o universo o
é)
![]()
Ilusão situada a 2,0
milhões de anos.
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Uma população de
ilusões galácticas.
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200 mil quasares já ilusoriamente
conhecidos (esta ilusão tem bilhões de anos de atraso)
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Superaglomerados, um mapa
de ilusões.
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Do mesmo modo, o
centro da Via Láctea situado a 30 mil anos-luz do Sol: só saberíamos se tivesse
explodido há 30 minutos daqui a 30 mil anos. Não estamos no mesmo PLANO
COMUNICATIVO: o que nos conecta é o HS.
RESUMINDO
PLANO
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PERCEPÇÃO
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HS Horizonte de Simultaneidades
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Real, de todos, entretanto
não podemos ver, é o espaço. Ele existe efetivamente, mas não somos capazes
de vê-lo.
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COMUNICATIVO
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Virtual, só existe
no tratamento das mensagens, nós o interpretamos mentalmente, é uma ILUSÃO
COMPARTILHADA, convencionada, do contrato psicológico (parcialmente, o
Contrato Social de Rousseau).
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A Moeda geral é parte
do Contrato Psicológico, que é parte do Contrato Comunicativo/Informativo: ela
só existe porque acreditamos. E só acreditamos porque somos crédulos, fomos
viciados em acreditar.
Serra, segunda-feira,
10 de dezembro de 2012.
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