Os
Vagões Vazios dos Covardes e o Estoque Futuro de Problemas
Os que querem “gozar
a vida”, os epicuristas, os superafirmadores do prazer e da ausência de dor
acabam levando o mundo ao contrário-complementar. Desejando demais a paz acabam
cedendo tanto que condenam a coletividade ao conflito e à guerra. Esticam
tanto, mas tanto, o bem-estar a qualquer custo (como na Europa e nos EUA e em
todo o mundo depois de 1945) que ocorre o inevitável com maior ou menor vigor e
fúria.
Os que desejam “gozar
a vida” são 50 %, os covardes são 50 %, os contemplativos são 50 % (eles não
necessariamente coincidem).
Seus vagões indo
vazios, enchem os dos demais com mais do que estes deveriam carregar; em razão
dos outros estarem vazios, os que levam acabam levando em dobro.
OS GOZADORES EPICURISTAS
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Nem a vida nem a morte
existem.
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Darwinismo social.
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Aproveite os pulsos
positivos dos sentidos e faça de conta que o negativo não existe.
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O lema dos
supermercadistas.
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Os soviéticos tiveram
o trabalho de contar 14 mil guerras na geo-história humana (apenas 5,5 mil anos
de memórias escritas, quase três por ano). O que víamos antes como guerra
devemos re-ver como guerra-paz.
ENCHE NUM TEMPO LONGO, ESVAZIA NUM TEMPO
CURTO
Vagões = paz.
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Locomotiva = guerra.
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Quanto mais demorada
a paz, quanto mais ela dura, mais rápida e instantânea e destrutiva e profunda
será a guerra (como a paz atual já dura de 1945 a 2012, pelo menos, imagine
você; com quebra em 2019 na China e guerra em 2029 pelas minhas previsões,
contando 2025 serão 80 anos).
Rápida e rasteira,
como diz o povo.
Quanto mais as
pessoas do “deixa disso” foram condescendentes no enfrentamento dos problemas, quanto
mais abaixaram e mostraram a bunda, mais o outro avançou para tomar o que era
delas e mais se tornaram os antagônicos irreverentes com o respeito devido.
Chega o momento em
que a conta-da-paz, a guerra, é apresentada.
Cada uma daquelas 14
mil guerras correspondeu a uma paz, quer dizer, aconteceram 14 mil pazes e,
durante cada uma delas, todas as bandidagens cometidas pelos bandidos, pelos
abusados (patrícios na Antiguidade, nobres na Idade Média, burgueses na Idade
Moderna, capitalistas na Idade Contemporânea – sem falar das implicâncias de
uns com outros, por exemplo, de professores com alunos, de homens com mulheres
e assim por diante).
A gente não tinha
observado isso, né?
Cada vez que houve
uma guerra houve paz anterior que a construiu.
Por exemplo, a IIª
Guerra Mundial, de 1939 a 1945, seis anos, foi precedida da paz de 1918 a 1939,
21 anos (21/6 = 7/2 = 3,5). A Guerra de 1914 a 1918, quatro anos, foi precedida
de não sei quantos anos de paz.
E assim por diante.
Agora, com quase oito
décadas de paz a guerra vai ser de arrasar.
Muitos problemas
foram estocados. Não que deva haver guerra. Se problemas não forem estocadas
elas não ocorrerão.
Serra, terça-feira,
09 de outubro de 2012.
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