Nosso Alinhamento
Pelos dois anos e meio em que imaginei
que iria chegar o dinheiro de herança de Linhares fiquei “assuntando” na
Internet, procurando todo tipo de imóvel, de apartamentos a casas a pousadas a
sítios a fazendas. Vasculhei imensamente. Nunca tinha tido essas curiosidades,
porque nunca pensei em comprar mais que simples apartamento para os livros (e
os filhos); fiquei impressionado com os preços do ES.
Tipicamente (só para dar contas com
zeros; mas não fica longe, você mesmo pode buscar) o preço do hectare (10.000 m2;
cabem 100 num km2) é de 28 mil no ES, 14 mil no RJ, MG e SP e sete
mil no Uruguai, quer dizer, proporção de 4/2/1, enquanto antes era diferente.
Há apenas 10 anos um sítio de dez ou 12 hectares custava em Santa Teresa 17
mil, agora não fica menos de 300 mil. Os preços foram se tornando
estratosféricos por aqui: como já contei várias vezes, uma cobertura perto do
Carone em Jardim da Penha estava anunciada há 10 anos por 80 mil, agora passa
de 450 mil. O preço de lançamento do Residencial Von Schilgen na antiga chácara
foi - fora engano - de 500 mil em 2008, ao passo que hoje uma corretora falou
de apartamento de 400 m2 sendo vendido a 3,7 milhões, dados a
investigar.
Afora a curiosidade da precisão, que é
muito interessante como retrato prático da evolução do ES, há essa
multiplicação escandalosa por sete ou mais.
A
CHÁCARA VON SHILGEN
(uma das valorizações mais extraordinárias; mas o fato é que no ES quase todos
agora são milionários) – pedrada certeira: nome alemão, resto de Natureza,
sobriedade.
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Faria todo sentido listar num quadro
os valores cobrados pelas incorporadoras e construtoras nos atos de lançamento,
quando da entrega, e depois ano a ano conforme as valorizações, o que denotará
a marcha do ES.
Então, por quê sair daqui?
Quem aproveitou ficou bem, quem chegar
agora pagará caro para ficar ainda melhor, mas nós compraríamos tudo muito
caro. Gastaríamos todo nosso pequeno capital relativo para adquirir bem pouco,
coisa de “final da vida”, para deitar na rede e esperar a morte, que não é o
que queremos.
Então, temos de sair, vender o nosso
relativamente caro e comprar noutros lugares muito barato.
NOSSO
ALINHAMENTO (uma
reta da praia à montanha)
1.
“pé
na areia” (pousada encostadinha no mar para receber os amigos).
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2.
cidade,
casa isolada para trabalho.
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3. sítio no campo, no sopé da
montanha para as criações de aproveitamento de leite e ovos.
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4. sítio no alto da montanha (no
Ceará a montanhas não passam de 1,1 mil metros, pouco mais de 1/3 do ES) para
produção de hortifrutigranjeiros.
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Não estamos nos preparando para morrer
e sim para produzirorganizar e superproduzirorganizar, não em nosso nome, mas
em nome das criaturinhas da Vida geral (fungos, plantas, animais e primatas):
1. Patentes (4,4 mil ideias e 3,6 mil
objetos);
2. Industrialização e comércio;
3. Serviços, tudo em nome dos:
4. Santuários.
A nossa vida-razão começa aqui.
Serra, quarta-feira, 24 de outubro de
2012.
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