A
Morte que nos Livrou de Tantos
OS CENÁRIOS DE VIVÊNCIA DO PALCO DO TEATRO DA
VIDA/TERRA
![]() |
![]()
Já pensou, aguentar isso
durante milhares de anos?
|
Imagine o que seria
em toda peça de teatro ver sempre os mesmos atores e atrizes apresentando-se na
boca de cena! Ou os mesmos autores produzindo década após década ou mesmo
século após século os mesmos livros, por mais diferentes que fossem os
enredos...
Suponho que haveria
adaptação, é isso que significa a evolução: nas pessoas os ambientes buscam
respostas a suas perguntas e vice-versa, nos ambientes as pessoas buscam
perguntas a suas respostas (se elas não são aceitas, as pessoas devem aprender
a fazer outras, sob pena de sucumbir).
Seria tremendamente
chato.
Por mais genial que
fosse uma pessoa, por mais que ela soubesse não se repetir, por maior que fosse
sua inventividade não há jeito de não ficarmos chateados e até revoltados.
A GENIALIDADE DE PLATÃO (2.400 anos de um
grande filósofo)
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
Não é só você, eu
também.
Quem nos agüentaria
para sempre?
Porisso a morte não é
um castigo, é uma dádiva, tanto para quem pensar que vai viver depois da morte
(pode ser) quanto para quem não acredita (pode não ser), quanto ainda para os
que desejam o completo obnubilamento, o apagamento total.
A vida é interessante
justamente porque é uma tempestade, uma voragem que mal dá tempo de apreciar.
A
VIDA É UMA VORAGEM (quantos artistas já retrataram isso? Penso que
poderíamos fazer um filme no qual todos fossem deuses-atores e deusas-atrizes
duradouras encarnando justamente para apreciar o transitório)
O Que É, O Que
É?
Eu fico
Com a pureza Da resposta das crianças É a vida, é bonita E é bonita...
Viver!
E não ter a vergonha De ser feliz Cantar e cantar e cantar A beleza de ser Um eterno aprendiz...
Ah meu
Deus!
Eu sei, eu sei Que a vida devia ser Bem melhor e será Mas isso não impede Que eu repita É bonita, é bonita E é bonita...
E a vida!
E a vida o que é? Diga lá, meu irmão Ela é a batida De um coração Ela é uma doce ilusão Hê! Hô!...
E a vida
Ela é maravilha Ou é sofrimento? Ela é alegria Ou lamento? O que é? O que é? Meu irmão...
Há quem
fale
Que a vida da gente É um nada no mundo É uma gota, é um tempo Que nem dá um segundo...
Há quem
fale
Que é um divino Mistério profundo É o sopro do criador Numa atitude repleta de amor...
Você diz
que é luta e prazer
Ele diz que a vida é viver Ela diz que melhor é morrer Pois amada não é E o verbo é sofrer...
Eu só sei
que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé Somos nós que fazemos a vida Como der, ou puder, ou quiser...
Sempre
desejada
Por mais que esteja errada Ninguém quer a morte Só saúde e sorte...
E a
pergunta roda
E a cabeça agita Eu fico com a pureza Da resposta das crianças É a vida, é bonita E é bonita... |
A morte nos livra de
tudo, no dizer do povo “passa a régua”, zera para começar de novo com novos
atores as novas peças que eles irão inventar ao viver. É ela que dá brilho. É
ela que impede a estagnação, a paralisia, a repetição mortal, a multiplicação
do mesmo, a moda recorrente em cada estação.
A morte é a grande
solução contra a chatice.
Por mais que você se
preze, essa é a grande beleza da existência: a cada 365 dias uns 60 a 70
milhões dos vivos morrerão, limpando os cenários de suas belas (ou feias)
existências, inclusive a minha.
Arre! Ninguém
agüentaria.
Serra, quarta-feira,
29 de agosto de 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário