segunda-feira, 20 de agosto de 2018


Silas Pobrezinho Decide Dar Tudo que Tem

 

Silas é o cão labrador Pink nose (do inglês, nariz rosa, uma mutação em geral indesejada, menos para nós) de Gabriel, meu filho.

Neném é a moça de 42 anos já avó que nos ajuda de seis as dez todo dia; quando ela chega Silas fica excitado, embora menos que com Gabriel, pois com ele fica verdadeiramente alucinado, dando saltos e parecendo que vai voar quando Gabriel acorda. Porém com Neném e com Clara, minha filha, ele sempre corre atrás de um pano - que usamos para brincar e que ele morde até rasgar, de modo que sempre tempos de trocar, depois de bastante usado – para oferecer como presente de boas vindas.

Oferece esse pano velho, que é a única coisa que tem. Dá até o limite extremo de suas posses, oferece tudo sem qualquer restrição. Até eu, que humanamente sou muito despojado, fico espantado. Observando a ele e a Yuki, a gata persa de Clara, fico cada vez mais gratificado com os animais e cada vez mais os observo com atenção no Animal Planet, no Discovery e no National Geographic. São criaturas espantosas e melhores que a maioria de nós.

SILAS É MUITO PARECIDO COM ESSE CACHORRO DA FOTO (inclusive na entrada na barriga, pois não é gordo)

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/60/YellowLabradorLooking.jpg

São despojados, não têm essas obsessões que temos com as fantasias financeiro-monetárias e outras ilusões e alucinações. Silas é puro e direito e os animais em geral ainda estão no Paraíso, enquanto nós é que saímos, o que é uma lástima. Seria preciso contrastar o comportamento deles com o nosso, todas as variedades planetárias dos nossos descalabros (também existem aqueles dando bons exemplos de vida, como sabemos – e é através destes que vamos ao futuro).

É encantador ver as provas diárias de identificação de Silas e Yuki conosco.

Vitória, quinta-feira, 21 de junho de 2007.

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