Sequestro e Resgate
do Carbono
Primeiro nos aventuramos como espécie no
suicídio do superconsumo de petróleo e seus derivados, que poderiam ter sido
muito melhor aproveitados de outros modos não fosse a grande pressão das
empresas petrolíferas. Carros e mais carros por toda parte levando a essa
poluição de agora.
Vendo o fim dessa falsa bonança do óleo lá
por 2040 o grande capital envolvido quer tirar lucro através do “sequestro do
carbono”, o que as árvores e o fito plancto já fazem com eficiência há centenas
de milhões de anos. Depois de terem se apropriado particularmente do lucro
querem socializar o prejuízo, impondo aos governos novas ideias mirabolantes,
cujo custo em energia não está calculado: se trata de construir máquinas caras
para tirar da atmosfera suposto excesso de carbono, liquefazendo-o e levando-o
a grandes profundidades marinhas, provocando novos danos não delineados. Você e
eu não sabemos construir tais máquinas e elas custarão centenas de milhões de
dólares em todo o mundo, sem falar nos navios e nas tubulações de mergulho e no
que acontecerá com a vida marinha.
Os bobocas dos jornalistas divulgam isso como
a última palavra em tecnociência, como se fosse um milagre divino a ser
aplaudido pelas populações, como se fosse urgentíssimo e elegante. Tratando-se
de conceito novo, de 2004 ou pouco antes, soa esplêndido, magnífico,
extraordinário.
De fato, é um perigo a mais.
Não foi estudado e não foi debatido, nem em
razão dos efeitos biológicos de interferir ainda mais na máquina ou Natureza, nem
em relação aos custos socioeconômicos do desvio de verbas de outras aplicações.
Vitória, segunda-feira, 25 de junho de 2007.
SEQUESTRADORES (ficarão com o nosso
dinheiro)
Sequestro de carbono
São Paulo, ano de 2.004 - Novas tecnologias para o sequestro e absorção de carbono Antecipando o que está sendo discutido na reunião do IPCC – Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas. |
Sequestro de carbono, cana-de-açúcar e o efeito
Cinderela
Por Marcos Buckeridge
Há uma alta possibilidade de que os efeitos
econômicos que a cana e seu potencial de produção de biocombustível causem
uma espécie de “efeito Cinderela”, ou seja, que tenha um prazo limitado.
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