O Mundo Descolorido
EXCESSIVO
MUNDO ATUAL
· Poluição do
Conhecimento (mágico-artístico, teológico-religioso, filosófico-ideológico,
científico-técnico e até matemático, com exagero de teoremas, sem proposta de
fechamento: mais de 100 mil por ano); particularmente quanto à poluição
religiosa há multiplicação de seitas às centenas e milhares;
· Poluição
informacional: excesso de dados em circulação, sem qualquer centralização;
· Poluição linguística:
excesso de artigos (todo mundo escreve sobre tudo, inclusive eu);
· Poluição olfativa:
muito sal, muito açúcar, muita gordura, muito amido;
· Poluição palatal:
alimentação demais (o que faltava antes se tornou agora abusivo: toda TV
oferece receitas);
· Poluição política:
excesso de leis e discussões;
· Poluição sonora:
excesso de sons;
· Poluição visual:
excesso de formas, cores, letreiros, imagens;
· Outras que você
listará.
Não precisamos abolir as cores, nem os sons,
nem os cheiros, nem nenhuma das fontes dos cinco sentidos. Do que precisamos
mesmo é de simplificação, pureza, dignidade, autocontrole, pois largados a nós
mesmos agimos como crianças e nos lambuzamos com os descomedimentos, a
superfruição, supergozo dos sentidos, superafirmação do corpo e da mente.
BRANCO
& NEGRO
(ou P&B): vermelho e azul
BRANCO
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Ninguém fica impedido de usar as cores
centrais, apenas sejamos moderados para não sobrecarregar nossas memórias com
excessos, levando à exaustão (perceba que para “guardar” uma pessoa hoje
precisamos memorizar cores de camisa, de calça, de sapato e do que mais for).
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NEGRO
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VERMELHO
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AZUL
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Saímos do excesso da falta de cores no século
XIX e fomos até o outro extremo, o excesso da presença delas no século XX.
Agora precisamos pensar no todo, na convivência global da humanidade, na
moderação.
Vitória, domingo, 01 de julho de 2007.
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