Fazend’ a Vida Tranquila
A racionalidade se tornou tão
persistentemente desgraçada e má nas cidades atualmente que acredito ser desejo
de maioria crescente paz e sossego: as promessas de super-satisfação com
objetos através da super-afirmação do material, o materialismo, não levou a
nada, pois continuamos infelizes.
Talvez o ideal seja somente sombra e água
fresca, pelo menos de vez em quando: grama a perder de vista, flores bem distribuídas
e combinando, árvores em profusão, casas em harmonia, jeito de fazenda com
cavalos e vacas, cachorros correndo, vida pacata e disciplinada. E do outro
lado metade da área de floresta nativa, ou recuperada em clímax através de
ecoplanejamento.
OS
DOIS LADOS DA MOEDA (sem moeda não se faz nada)
URBANIZAÇÃO
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FLORESTAS
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Psico-planejamento, planejamento psicológico
completo para devolver a tranqüilidade às pessoas abastadas, que financiarão –
os ricos e os médio-altos – a pesquisa para todos depois, através dos governos.
Psicólogos cavaleiros, psicólogos operários, psicólogos cozinheiros, todos
psicólogos do primeiro ao último: um reino de psicólogos conversando e
conversando com as pessoas e dali tirando experiência para outras clínicas
depois, visando expansão do movimento. Desaquecer a vida aceleradíssima e
agoniada das pessoas, ardentes em demasia. Das ausências de antigamente
chegamos a presença excessiva atual. Há objetos demais, dados demais ofertados
e pouca informação conduzindo, há a infelicidade do transbordamento sem
sentido.
Precisamos de freio, pelo menos de vez em
quando, digamos ⅙ do tempo, uns 60 ou 70 dias do ano,
divididos ao longo dele; claro que os pobres, os proletários
não poderão logo dispor disso,
mas é de bom tom os empresários começarem,
associando-se de dois em dois para cada qual trabalhar só metade do ano (outros
2/6 iriam para outras atividades ou inatividades e lugares de vazio: trabalha
um mês folga outro e assim por diante, diminuindo mesmo o ritmo antes que haja
colapso ou caos).
Vitória, quarta-feira, 11 de julho de 2007.
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