Queimando o Ser no Oceano de Desejos

 

Andando “na rua” (como diz o povo), no centro de Vitória, olhei de repente as pessoas todas como massa de gente e pensei que se tivéssemos uma varinha mágica e as tocássemos, podendo assim conhecê-las, veríamos pulsos de desejos vazando por suas peles como labaredas de fogo, pois as pessoas quase todas queimam mais ou menos no oceano de desejos individuais e coletivos.

A todo instante novos anseios estão sendo postos na ordem do dia pelas indústrias e o comércio, financiados pelos bancos, oferecidos pelos serviços. A humanidade é prisioneira dessa quantidade inimaginável de ofertas pós-contemporâneas. Vem a nossas casas livros inteiros de ofertas que nem demandamos, como o anexo, da Submarino: quem pode comprar tanto? As pessoas ficam alucinadas, sonhando adquirir tudo isso que nem necessitam realmente.

Mas a pergunta aqui é esta: orientando a humanidade para esse excesso fizeram bem os que a guiam? Lançam-se quase todos ao trabalho e ao excesso de trabalho, consumindo corpo e alma na intenção de se apoderar de centenas e até milhares de itens, como o Cidadão Kane. Claro, comprando nós pagamos tributos, somos sangrados em frações maiores ou menores de nossa produção; com isso os governos podem fazer tais ou quais obras de constituição da Terra (= JOGO = TAO = EQUILÍBRIO = VÍDEO na Rede Cognata).

CIT/AÇÃO (ação permanente de citar)

CRISTO ANTECIPOU HÁ DOIS MIL ANOS: "Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?" [Mateus 16:26]

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Fizeram bem os que guiam a humanidade em nos levar ao superquerer? Infinitos objetos: não fomos ensinados a harmonizar e agora o mundo-Terra é inarmônico, sem harmonia, sem estabilidade DE ESPÍRITO.

Vitória, sábado, 10 de fevereiro de 2007.