Os Supremos Êxtases da Máquina
No supermercado
fiquei reparando as filas grandes e enlouquecidas pré-carnaval, sexta-feira,
gente comprando de tudo em loja da classe média em Jardim da Penha, e pensando
nos êxtases corpomentais do programáquina humano adquirindo de tudo de beber e
de comer.
DIFÍCIL REPRESENTAR O
HIPERTERREIRÃO DE AGORA (o céu pequeno-burguês: mais e
mais gente se refugia nas compras em lugares ordenados para não ver o mundo.
![]() |
![]() |
![]() |
Outrora, há mais de
30 anos já pensava no ser humano como máquina, embora não-finita, aberta,
não-linear. É programáquina, mas não é fechada, é auto programável com o
gerador-de-autoprogramas, programáquina que se autoprogramas. E essa máquina
tem êxtases, êxtases supremos, instantes de “puro gozo” de trivialidades, que a
colocam na cadeia ou roda da produçãorganização. Através daquelas ofertas os
poderes da Terra arrancam dos seres humanos trabalho contínuo. De fato, é o
terreirão colocado ao alcance das mãos – é o sonho de toda mãe-mulher antiga
das cavernas tornado realidade sem os perigos associados do ataque das feras de
antes. E, melhor ainda, leva-se no carrinho para o porta-malas do carro, este
vai pela rua e para na garagem e ali já há outro carrinho para levar pelo
elevador até dentro de casa: que mundo!
Todo esse brilho, e
lá dentro a máquina de triturar extraindo trabalho dia após dia, ano após ano
uma vida inteira. Os acordos de produçãorganização são gerais: todos estão
trabalhando por si e os seus, mas de fato o mundo vai se fazendo.
MOEDOR DE CARNE (depois de 30 ou 35 anos, de fato, as carnes estão bem-passadas,
passaram muito)
![]() |
![]() |
Existem várias
lâminas, uma para cada alma-aspiração.
E não são só os
supermercados, hipermercados: há lojas, infinito número delas espalhado pelo
mundo.
Vitória, sábado, 17 de fevereiro de 2007, no dia que seria o 90º
aniversário do meu pai.
Nenhum comentário:
Postar um comentário