sexta-feira, 6 de julho de 2018


Os Supremos Êxtases da Máquina

 

No supermercado fiquei reparando as filas grandes e enlouquecidas pré-carnaval, sexta-feira, gente comprando de tudo em loja da classe média em Jardim da Penha, e pensando nos êxtases corpomentais do programáquina humano adquirindo de tudo de beber e de comer.

DIFÍCIL REPRESENTAR O HIPERTERREIRÃO DE AGORA (o céu pequeno-burguês: mais e mais gente se refugia nas compras em lugares ordenados para não ver o mundo.

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Outrora, há mais de 30 anos já pensava no ser humano como máquina, embora não-finita, aberta, não-linear. É programáquina, mas não é fechada, é auto programável com o gerador-de-autoprogramas, programáquina que se autoprogramas. E essa máquina tem êxtases, êxtases supremos, instantes de “puro gozo” de trivialidades, que a colocam na cadeia ou roda da produçãorganização. Através daquelas ofertas os poderes da Terra arrancam dos seres humanos trabalho contínuo. De fato, é o terreirão colocado ao alcance das mãos – é o sonho de toda mãe-mulher antiga das cavernas tornado realidade sem os perigos associados do ataque das feras de antes. E, melhor ainda, leva-se no carrinho para o porta-malas do carro, este vai pela rua e para na garagem e ali já há outro carrinho para levar pelo elevador até dentro de casa: que mundo!

Todo esse brilho, e lá dentro a máquina de triturar extraindo trabalho dia após dia, ano após ano uma vida inteira. Os acordos de produçãorganização são gerais: todos estão trabalhando por si e os seus, mas de fato o mundo vai se fazendo.

MOEDOR DE CARNE (depois de 30 ou 35 anos, de fato, as carnes estão bem-passadas, passaram muito)

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Existem várias lâminas, uma para cada alma-aspiração.

E não são só os supermercados, hipermercados: há lojas, infinito número delas espalhado pelo mundo.

Vitória, sábado, 17 de fevereiro de 2007, no dia que seria o 90º aniversário do meu pai.

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