quinta-feira, 19 de julho de 2018


Os Babacas de Beca

 

De vestimenta para formatura (= FORMADO = FORMAL = AMADO= SANTO = PRONTO na Rede Cognata) passou a significar superioridade, terno, vestimenta apurada dos ricos, trajes da nobreza presumida. Resumindo, a idéia de que uns podem e devem aproveitar mais e melhor a vida e que outros estão destinados a servir.

BECA (no dicionário Aurélio Século XXI)

beca1 S. f. 1. Veste talar, preta, usada por magistrados, advogados, funcionários judiciais, catedráticos e formandos de grau superior. 2. Fig. A magistratura. 3. Bras. Fam. Roupa, traje.  S. m. 4. Magistrado ou bacharel em direito.
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http://www.personal.us.es/alporu/Images/historia/colegial_beca.jpg
http://www.uclm.es/profesorado/Ricardo/PeriodicoMAG/2/beca1.jpg

São quase todos revolucionários nos primeiros anos da universidade e para os lados do final todos se formam e vão procurar emprego ou gerir coisas da família ou trabalhar no serviço público em condições que cada vez mais se destacam por estarem “acima das outras”. Como essa passagem entre o revolucionário e a becaceitação se dá? Como é que a pessoa forma (e para quê?), a imagem de revolucionário e depois a abandona? Como ela “transgride” essa autoimagem para montar-se cavaleiro no reino Brasil que não tem rei? Como é que a pessoa decide abandonar “os outros” para voltar-se exclusiva ou quase exclusivamente para si e os seus? Como ela se desveste dos valores de companhia, de convivência, dos sonhos e das amizades?

Vitória, sábado, 31 de março de 2007.

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