Ônibus como Arquiengenharia Psicológica de Conflitos
É evidente que tudo
já está além de físico-químico ou biológico-p.2, já está no plano da segunda
natureza psicológica-p.3; ora, o espaçotempo do ônibus é ET-psicológico e seus
conflitos são as guerras travadas no nível popular, onde as elites de cada
país-nação as colocam. Os empurrões, a superlotação, os travamentos do
motorista (chamadas jocosamente pelo povo de “freada de arrumação” ou “teste do
freio”), a demora em passar a condução (nos bairros distantes até hora e
quarenta minutos), os bancos ruins e duros (são 2 x 2, quando deveriam ser 2 x
1 ou 1 x 2 e nem tão juntos que machucassem os joelhos), as passagens caras, os
itinerários birutas, os assaltos, a demora em renovar a frota e muitos outros apontamentos.
Então, ônibus são desenhos de conflitos, de choques, de guerra de classes
(burguesia versus proletariado, neste pontinstante).
Assim, quando o
engenheiro está desenhando os conceitos do ônibus e o arquiteto ou outro
artista as formas dele, ele (ou eles) é (ou são) psicólogo (s): está (ao)
desenhando os conflitos de classe, embora não se aperceba (m) disso, está (ao)
participando de uma guerra sutil, invisível para a maioria das consciências.
Claro, as elites não pensam nisso e muito menos diriam se pesassem, se fizessem
a si mesmas o desfavor de pensar. Pelo contrário, se fosse pensado – como está
sendo aqui – fariam de tudo para ocultar, para reduzir a ideia de choque, para
menosprezar a luta de classes que se expressa em toda parte.
Vitória, quinta-feira,
08 de fevereiro de 2007.
A FIGURA DO ÔNIBUS É SINAL DO ATAQUE DA BURGUESIA
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ITAQUERA
Para 8% dos moradores, transporte é o maior problema da região; as 300 linhas da SPTrans são consideradas insuficientes para a demanda Espera por ônibus supera os 40 minutos ![]()
Almeida Rocha -
6.abr.2000/Folha Imagem
GUILHERME WERNECK
DA REPORTAGEM LOCAL |
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