sexta-feira, 6 de julho de 2018


Guerras em Altas Altitudes

 

Suponha que o Brasil fosse travar uma guerra com a Bolívia: os militares não estão preparados. Os brasileiros sequer estão preparados para jogar com os times de lá nas altas altitudes, de quatro mil metros ou mais, onde o oxigênio rareia e os pulmões expandem, creio. Há toda uma fisiologia diferente. Os soldados deveriam levar tanques de oxigênio nas costas, mas os de lá rapidamente aprenderiam a atirar nos tanques para fazer explodir os portadores, de modo que seria preciso colocar um protetor de aço impenetrável e pressurizar os tanques de guerra, hermeticamente selados.

Ademais, uma guerra nunca é contra o ponto, é contra o todo, contra o mundo inteiro.

GUERREANDO O MUNDO

·       CONTRA AS PESSOAS:

1.       Contra os indivíduos (não se devem subestimar um só que seja);

2.       Contra as famílias de outra tradição cultural;

3.      Contra os grupos da Bolívia e do mundo

4.      Contra as empresas da Bolívia e do mundo;

·       CONTRA OS AMBIENTES:

5.      Contra as cidades-municípios da Bolívia e do mundo;

6.      Contra os estados-províncias da Bolívia e do mundo;

7.       Contra a nação-país boliviana e o seus apoiantes no mundo;

8.      Contra o mundo (porque as pessoas pensam que é guerra de predação e sendo ou não incorporará recursos, mudando a relação de poder).

Depois, é preciso prover recursos de reconstrução, pois são os governantes os tolos e não o povo. Além disso, a Petrobrás e a oligarquia brasileira estavam erradas em manter o preço do BTU de gás artificialmente baixo: é preciso ter respeito pela nação-país e essas políticas rasteiras não devem ser adotadas.

Assim, qualquer guerra MUDA AS PERSPECTIVAS e especialmente muda as perspectivas dos militares, particularmente essas guerras em condições especiais. TUDO dentro de um país muda, mesmo com a menor das guerras e dos envolvimentos. Não se retorna à condição cultural-nacional anterior. Nunca mais. Perde-se algo e não são somente perdas materiais, perdem-se oportunidades de ver pessoas que desaparecem. Enfim, guerras são desastres totais PARA AMBOS os envolvidos e exceto em condições forçadas não devem ser travadas. Os militares devem zelar mais que tudo pela paz, pois toda guerra é notícia de fracasso de relações, tanto dos civis quanto deles mesmos, os militares, para não falar da Chancelaria, o Ministério das Relações Exteriores, que deixou a coisa vazar até a hostilidade: fracassou em sua missão principal em não perceberam as armadilhas, viveram felizes na ignorância, os imbecis que empobreceram a todos.

Vitória, quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007.

 

ALTITUDES DA BOLÍVIA

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