quarta-feira, 4 de julho de 2018


Flechas Partidas

 

Depois da Teoria das Flechas caminhei em várias linhas, mas de vez em quando penso num tópico e escrevo mais.

Como vimos, pode vir uma só flecha-vetor (cometa ou meteorito) ou o único pode partir e virem vários em família, como aconteceu com os 21 pedaços do Shoemaker-Levy em Júpiter em 1993, como nos mostraram. Na época eu disse que seria perigoso, poderia desestabilizar a estase gravitacional do sistema solar e precipitar outros na Terra (espero que não). Independentemente de ser um ou dividir-se ele numa família, que acontece ao cair/caírem? Embatem com tanta violência que podem partir no solo mesmo, rebentar em inúmeros pedacinhos, ou haver um grande que persiste e cai inteiro, solitário. A variação das potências seria imensa, só saberemos mesmo com a modelação matemática (inclusive em modelação computacional gráfica, em filmes 4D). Já há aí um vasto leque. Com a rotação da Terra, os cenários seriam ainda mais variados; com o ciclo dia-noite, esfriando e esquentando a atmosfera, mais complexidade se anunciaria.

Depois, há os matacões (inclusive gelos das morenas), as grandes pedras que podem ser levantados pelo único ou pela família (parta-se ele antes de entrar, ou na atmosfera, ou no solo) subindo no ar para cair de novo, repetindo o modelo, como no quicar de uma bola de borracha.

ENTÃO

1.       Vem único e não se parte, nem no solo;

2.       Vem único e rebenta no solo;

3.      Vem a família já separada, não se partem os membros no solo, porque são duros e resistentes;

4.      Vem como família e no solo despedaçam em menores.

Claro que todos eles fornecem enorme quantidade de energia, mas os ângulos de incidência serão centenas, conforme vários parâmetros que os tecnocientistas modeladores terão de introduzir. Entrarão nas equações as composições das flechas, os ângulos de queda, o número de membros, a atmosfera (frio ou quente, noite ou dia), a translação (pois o objeto, ao vir, pode chocar-se contra ou a favor do movimento, de cima ou de baixo da pseudo-esfera planetária), se no mar ou no solo ou na interface, etc., são milhares de variáveis.

Depois, há o assunto daqui: flechas inteiras ou partidas provocam levantamentos variados de pedras que, como vimos, podem até voltar a órbita. Em todo caso, ou as partes, os pedaços levantados que caírem provocarão outros estragos, muitos em toda parte (com tudo aquilo de vulcões, terremotos, tsunamis, poeira no ar e segue). Ocorrem então as quedas secundárias e pode havê-las terciárias e quaternárias, cada vez menores e menos impactantes, de modo que as 30 mil crateras contadas na Lua ou as 400 mil proporcionais da Terra podem dever-se a um número bem menor de quedas diretas.

Só as equações mostrarão.

Vitória, quarta-feira, 4 de julho de 2018.

GAVA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário