Entre a Academia e as
Possibilidades
De um lado ficava o enorme conforto de ser
professor mestre e depois doutor, até pós-doutor, pesquisador de campo da
alguma universidade (entre as que – fiquei chocado em saber – são agora 6,0 mil
através do mundo), dispondo de estudantes de vários níveis, desde a graduação
até o doutorado para fazer a pesquisa básica e de bibliotecas e laboratórios
com tudo pago pelo povo através dos governos em instituições públicas ou pelas
empresas em instituições privadas.
De outro a liberdade de que disponho agora de
poder me interessar por qualquer assunto do qual sinta o chamado, sem trava
alguma no Conhecimento (Magia-Arte, Teologia-Religião, Filosofia-Ideologia,
Ciência-Técnica e Matemática). É claro que fiz a segunda opção, a das
possibilidades. Melhor que ficar trancado nas margens d’alguma ciência, digamos
Física, e particularmente de alguma especialização, suponhamos física das altas
energias nalgum obscuro tema superfrisado.
Contudo, sinto falta das equações.
AS EQUAÇÕES (na Rede Cognata =
BALANÇOS = EQUILÍBRIOS = IGUAIS = DOMÍNIOS = TERMOS e segue) – nada é tão
delicioso quanto isso, fora algumas coisas.
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Não poderia a Academia instituir dentro delas
grupos pulsantes de discussão? Tentei isso logo no começo com o IPF Instituto
de Pesquisa do Futuro, que sem resultado acenei para alguns amigos. É
compreensível: os acomodados, que são ampla maioria, se sentiriam em perigo e
veriam sempre tal grupo muito intenso como denúncia do status quo e do
aproveitamento das comodidades durante os 25 ou 30 anos de ensino, durante os
quais têm de publicar pouco ou podem, no Brasil, fingir publicar, realizando
colagens e quase nenhuma pesquisa importante.
A Academia é ótima, é maravilhosa
instituição, da maior importância mesmo com sua rede cristalizada de respostas
padronizadas, pois pelo método vai avançando passo a passo com firmeza mundial.
É que é lenta e alguns sofrem com isso.
Eu não poderia ter ficado lá. É uma pena.
Vitória, sábado, 31 de março de 2007.
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