Projeto Psicológico de Leis

 

Lygia da Viera Pereira em seu livro Clonagem Fatos & Mitos, São Paulo, Moderna, 2002, diz na página 22: “Já em uma plantação natural, nem todas as plantas são excelentes do ponto de vista de produção, mas, também, nem todas serão suscetíveis àquela praga. Assim, as mais resistentes sobreviverão, e a partir delas poderemos reconstituir a plantação. Por isso, é fundamental que a clonagem seja utilizada de forma controlada, para que a diversidade genética de cada espécie de plantas não seja diminuída. Afinal de contas, quem somos nós para saber quais indivíduos são mais merecedores de ser propagados? Que genes interessantes estão contidos em uma planta de qualidade aparentemente inferior? Nossos critérios de seleção são muito limitados, e a diversidade genética é a grande maravilha da natureza e seu maior poder”, negrito meu.

Leis são projetos psicológicos dizendo-nos como devem se comportar as figuras ou psicanálises, quais devem ser os objetivos ou psico-sínteses, quais as produções ou economias, quais as organizações ou sociologias, em que espaçotempos ou geo-histórias preferenciais. São instrumentos de poda para favorecer ou prejudicar o crescimento neste ou naquele sentido, podendo inclusive matar a árvore se forem podas ruins. Isso deve ter acontecido cumulativamente com várias civilizações desaparecidas, seria preciso investigar.

AS PERGUNTAS A FAZER AOS LEGISLADORES (vereadores, deputados estaduais, deputados federais, senadores do Legislativo; governantes do Executivo; juízes do Judiciário)

Sabem projetar pessoas?

Sabem programar objetivos?

Sabem orientar produções?

Sabem guiar organizações?

Sabem construir espaçotempos?

A maioria não sabe, nem quer saber; sequer entende que é projeto psicológico, CONSTRUÇÃO DE ALMAS. Então, se todos eles não podem mesmo conhecer psicologia acadêmica (até por esta não estar preparada a contento), pelo menos deveriam ter assessoria nos moldes do modelo.

Ou então corremos risco deles evitarem a propagação dos indivíduos mais úteis e criativos com seus projetos errados e destrutivos do potencial da árvore psicológica ou humana.

Vitória, sexta-feira, 05 de janeiro de 2007.