domingo, 17 de junho de 2018


Gerenciamento de Procriação

 

O nome quem deu foi Gabriel, numa daquelas felizes convergências dele – significando o super-controle que possivelmente as mães-mulheres tinham de todos os nascimentos da Caverna geral de antigamente, antes de Jericó, antes da primeira cidade nas pré-cidades, nas pós-cavernas e nas cavernas iniciais.

Como vimos no texto anterior deste Livro 194 O Mito da Caverna, nem remotamente as cavernas eram como nos fizeram crer os tecnocientistas antropólogos, arqueólogos e geo-historiadores até estes tempos: eles mostraram-nas como brutais depósitos de gente estúpida, quando na verdade os vários bioinstrumentos masculinos e femininos e as instituições – digamos, a da Mãe Dominante – apontam o contrário. De fato, acredito agora que os cavernícolas eram mais espertos que nós, destes nossos tempos tão apreciados, pois não tinham auxílio da escrita para memória externa – a memória devia ser toda interna e MUITO AFIADA, por sinal, muito precisa e extensa, já que as mulheres administravam a coleta e distribuição de e para centenas que ficavam a seu cargo. Realmente, creio que eram espertíssimos, visto que os homens deviam ter grande capacidade de previsão e conhecer o hábito de dúzias de presas, os tempos próprios de invernação, as mudanças de pastagens e muitos outros sinais, combinando-os em suas mentes com as necessidades da tribo e os tempos de maturação de tais ou quais pessoas.

As mães-mulheres, por sua vez, deveriam administrar os nascimentos dos melhores (nem sempre significando os mais fortes; podiam ser os mais espertos ou com maiores pendores nisso e naquilo), tudo isso com centenas de tarefas a distribuir e fazer numa época quase sem recursos. E, como viu Gabriel, elas agregaram também os sapos, as lagartixas e outros animais que vivem hoje em dia próximo de nós para comerem os perigosos insetos, os temidos insetos que poderiam ferir as crianças, particularmente os queridinhos-garotinhos, até trazendo doenças. Os inimigos das cobras deviam ser especialmente apreciados.

Isso tudo parece a caverna grosseira descrita pelos T/C?

Pelo contrário, ela foi se tornando cada vez mais refinada, mais precisa, mais depurada, mais bela em sua rudeza de materiais. Era uma tremenda máquina de morar a Caverna geral e foi atingindo dimensões formidáveis com o passar das eras. Rastros disso ainda devem poder ser encontrados, o que é preciso buscar urgentemente.

Vitória, sábado, 06 de janeiro de 2007.

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