A Entrega da Água
pelo Batatão
Veja neste Livro 196 os textos sobre a
chegada das flechas (meteoritos e cometas) à Terra nos primórdios, há mais de
3,8 bilhões de anos, que é o horizonte de formação da Vida inicial. Tem de ter
sido uma esfera-d’água de pelo menos 1.240 km de diâmetro, 1/10 do atual
diâmetro do planeta.
Bem, de pronto o batatão fez balançar
a Terra-antiga, tirando-a de seu eixo perpendicular ao plano da rotação ou
eclíptica. Depois nosso mundo ribombou como um tambor esférico, vibrando enormemente
por não sei quantos séculos (os tecnocientistas calcularão isso). Em termos do
solo, este liquefez, cavou a cratera no Norte e criou no Sul a Cúpula do Céu
que voou para o espaço e formou a Lua, deixando atrás de si um buraco enorme
que foi parcialmente preenchido pelo manto quente exposto.
Quanto à água, deve ter sido um
fenômeno particularmente belo: quando os T/C tiverem calculado será possível
colocar em computação gráfica num documentário girando a velocidade rápida para
vermos o resultado ano-após-ano, década-após-década, século-após-século e assim
por diante.
A
CHEGADA DO BATATÃO
Antigo
eixo N-S



Quando o batatão começou a tocar o
solo a água não passou para baixo da terra, ela foi ficando na superfície e
vaporizando instantaneamente; à medida que o solo esquentava ela caía e subia
de novo e assim continuou por milhões de anos. Por si só esses cálculos já
apresentarão um cenário deslumbrante, absolutamente fascinante. A queda mesmo
deve ter durado apenas instantes, frações de dia, algo de apocalíptico no pior
sentido, o maior desastre de todos os tempos. Os resultados foram espetaculares
no mais amplo sentido da palavra, um espetáculo de construção de planeta.
Vitória, quarta-feira, 17 de janeiro
de 2007.
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