terça-feira, 22 de maio de 2018


Ô Filme Ruim ou Treinando a Justiceira

 

A Netflix colocou à disposição dos assinantes brasileiros o filme arrasador (no pior sentido) Final Girl, onde uma garota com memória especial é recrutada aos 10 anos e depois de outros 12, creio, aparece moça, já pronta para tudo, tomando um coquetel (mistura) de soro da verdade (pentotal) e DMT (dimetiltriptamina), que a própria personagem diz fazer o LSD parecer coisa de festinha de crianças.

Foi um dos piores filmes que já vi (vou até o fim da agulhada), tanto pelos fantasmas que aparecem (não se sabendo nem de onde nem por que) nele, quanto por uma pregação da linha equivocada “mulher forte” (mocinha de um metro e meio consegue enfrentar quatro marmanjos, derrotando-os e matando-os, evocando seus medos – não entendi nada, como emergem tão facilmente tais pavores que os psicólogos demoram anos ou décadas para trazer à tona; ela sai com o nariz quebrado). Há um treinador insosso que, ao contrário de O Justiceiro (de si mesma uma série pregadora do justicialismo, como Charles Bronson em Vontade de Matar; todo ismo é doença mental da superafirmação, esta da justiça humana depravada), não vai ele mesmo, interpõe a moça, cujo objetivo é vingar 12 ou 13 outras, mortas pelos doidos varridos.

ESTA PORCARIA (a culpa é da Netflix, por não ter critérios, passando qualquer coisa indecente)

 
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[Eles estão armados de fuzil, de machado, de taco de baseball, de revolver e ela vai de mãos limpas].

Contra o crime do estupro e do assassinato, pregam o justicialismo. Ensinam às mulheres a sair por aí matando. Veja como o mundo está e como vai indo capengando rumo ao precipício. Não fazem nenhuma análise do que estão apresentando aos jovens e às jovens.

Por que nos surpreendemos que tudo vá tão mal?

Há professores de maldade soltos por aí nas 29 tecnartes (veja o que vêm fazendo no Brasil), nas sete mídias, nos conhecimentos, em tudo.

Vitória, terça-feira, 22 de maio de 2018.

GAVA.

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