Ô
Filme Ruim ou Treinando a Justiceira
A Netflix
colocou à disposição dos assinantes brasileiros o filme arrasador (no
pior sentido) Final Girl, onde uma garota com memória especial é recrutada
aos 10 anos e depois de outros 12, creio, aparece moça, já pronta para tudo,
tomando um coquetel (mistura) de soro da verdade (pentotal) e DMT
(dimetiltriptamina), que a própria personagem diz fazer o LSD parecer coisa de
festinha de crianças.
Foi um dos piores
filmes que já vi (vou até o fim da agulhada), tanto pelos fantasmas que aparecem
(não se sabendo nem de onde nem por que) nele, quanto por uma pregação da linha
equivocada “mulher forte” (mocinha de um metro e meio consegue enfrentar quatro
marmanjos, derrotando-os e matando-os, evocando seus medos – não entendi nada,
como emergem tão facilmente tais pavores que os psicólogos demoram anos ou
décadas para trazer à tona; ela sai com o nariz quebrado). Há um treinador
insosso que, ao contrário de O Justiceiro (de si mesma uma série
pregadora do justicialismo, como Charles Bronson em Vontade de Matar; todo
ismo é doença mental da superafirmação, esta da justiça humana depravada), não
vai ele mesmo, interpõe a moça, cujo objetivo é vingar 12 ou 13 outras, mortas
pelos doidos varridos.
ESTA
PORCARIA (a culpa é da Netflix, por não ter
critérios, passando qualquer coisa indecente)
[Eles estão
armados de fuzil, de machado, de taco de baseball, de revolver e ela vai de
mãos limpas].
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Contra o crime do
estupro e do assassinato, pregam o justicialismo. Ensinam às mulheres a sair
por aí matando. Veja como o mundo está e como vai indo capengando rumo ao
precipício. Não fazem nenhuma análise do que estão apresentando aos jovens e às
jovens.
Por que nos
surpreendemos que tudo vá tão mal?
Há professores de
maldade soltos por aí nas 29 tecnartes (veja o que vêm fazendo no Brasil), nas
sete mídias, nos conhecimentos, em tudo.
Vitória, terça-feira,
22 de maio de 2018.
GAVA.
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