Invenção da
Propaganda
No livro de Ana Adams O Descobrimento das Índias (O Diário da
Viagem de Vasco da Gama), Rio de Janeiro, Objetiva, 1998, p. 139, Eduardo Bueno
diz na nota 3: “Dez anos antes, em 1487-88, ele fora o piloto da caravela com a
qual Bartolomeu Dias dobrou o cabo das Tormentas (depois rebatizado de cabo da
Boa Esperança pelo rei D. João II”, tipo maior meu. Como já disse, foi tremendo
golpe de propaganda.
PRÓ-PAGANTE (a propaganda é o veneno
paralisante-gratificante introduzido pelos vampiros-morcegos na vítima, para
sedá-la e torná-la cooperativa)
TORMENTA
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[Do lat. tard. Tormenta.] S. f. 1. Temporal violento. 2. Fig. Grande barulho. 3. Fig. Desordem, agitação.
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ESPERANÇA
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[De esperar + -ança.] S. f. 1. Ato
de esperar o que se deseja. 2. Expectativa, espera. 3. Fé, confiança em
conseguir o que se deseja. 4. Aquilo que se espera ou deseja. 5. Rel. A
segunda das três virtudes teologais, simbolizada por uma âncora. 6. Bras.
Zool. Inseto ortóptero, tetigonióideo, de antena setácea, geralmente mais
longa que o corpo, pernas espinhosas, e ovipositor ensiforme. Tem, de
ordinário, cor verde. Esperança de vida. Demogr. 1. V. esperança de vida ao
nascer. Esperança de vida ao nascer. Demogr. 1. Número médio esperado de anos
de vida de um indivíduo, calculado a partir dos padrões de mortalidade da
população respectiva; esperança de vida; expectativa de vida. Esperança
matemática. Estat. 1. A média de uma
função de uma variável aleatória sobre uma distribuição desta variável.
[Correntemente a função é a própria variável]. Estar de esperanças. 1.
Achar-se grávida (a mulher). Que esperança! Bras. 1. Qual o quê! qual nada! nunca!
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E então Vasco da Gama – nos
Comentários Finais, A Viagem Continua: O
Diário 500 Anos Depois, de Eduardo Bueno, p. 119 e ss. – p. 133 coloca-se
assim perante o futuro e a propaganda, num golpe genial: “Quando sua frota se
aproximava da costa do Malabar, em fins de setembro, ocorreu o fenômeno
conhecido como ‘tremor de água’: apesar de o céu estar limpo e a atmosfera
serena, o mar se tornou subitamente agitado. Quando o pânico se instalou entre
a tripulação, Vasco da Gama teria subido ao passadiço e, de acordo com a
narrativa de Gaspar Correia, declarado: ‘Amigos, prazer e alegria: o mar treme
diante de nós. Não hajas medo, que em breve há de tremer também a terra’”.
Enfim, sem outras manifestações
(seria preciso percorrer a história de Portugal) isso já haveria de garantir a
presença de espírito dos portugueses e sua genialidade não reconhecida.
Primeiro é preciso admitir essa genialidade para depois pesquisá-la a fundo,
estabelecendo os novos parâmetros, fazendo filmes, criando museus, bibliotecas
e universidades. Sem admissão não há interesse e sem interesse não há
investimento.
Vitória, quinta-feira, 26 de outubro
de 2006.
AO
FIM E AO CABO, COMEÇO DE NOVO
(Cabo da boa Esperança)
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George Holton/Photo Researchers, Inc.
Cabo da
Boa Esperança, África do Sul
O cabo da Boa
Esperança, na África do Sul, é um promontório que se eleva a 256 metros.
Marca o ponto de trânsito para os barcos que realizam a rota entre o oceano
Atlântico sul e o oceano Índico. Microsoft
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Boa Esperança, passagem
do cabo da
A mundivisão da Idade Média, patente nos mapas chamados
T-O, dividia o mundo em três partes (Europa, Ásia e África), formando um
círculo rodeado de água por todos os lados.
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Mapa-múndi de Juan de la Cosa, 1500
Num dia qualquer de 1832, o Barão de Walckenaer passeava pelas ruas de
Paris, quando resolveu parar numa loja de quinquilharias. Depois de muito
mexer, lá encontrou um bonito mapa-múndi em pergaminho colorido, assinado:
Juan de la Cosa. O barão havia encontrado o mais antigo de todos os mapas que
registram o continente americano. Juan de la Cosa acompanhara Cristóvão
Colombo em sua segunda viagem à América (1493) e fizera várias cartas.
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COSTA
DO MALABAR
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