Abrindo
a Caixa para Olhar o Presente
Já mostrei
repetida e insistentemente que o passado e o futuro não existem – veja as provas,
é ruim ficar repetindo.
Quando a gente
fala em prever (pré-ver: como seria possível ver o que não existe?) o futuro,
quer dizer que dos dados acumulados (por exemplo, sobre a GM) faremos uma
projeção que vai de zero a 100 % de chance de acerto, menos alguma fração de
incerteza. Tão bem ia a companhia que as pessoas previam futuro semelhante ao
passado, porém em 2009 ela caminhou para a falência, a terceira maior dos EUA,
cujo governo federal injetou maciçamente dinheiro que não era dos políticos,
era do povo, para ficar com 60 % da massa falida (e injetar mais recursos
públicos). Contadores mascaram a contabilidade, empresas contratadas para fazer
auditoria escondem as informações fidedignas, publicando dados falsos, como
fizeram com a ENRON. E assim foi em cada uma das crises, em 2002 a pontocom, em
2008 a do mercado imobiliário altamente alavancado, daqui a pouco a da Bitcoin
(quando alguém fica excitando sua cobiça, pode saber que vai te enganar). Por
que diriam que é bolha? Bolhas são coisas que se dissolvem, todo mundo sabe e
mesmo assim vai para o esquema de pirâmide.
Quando você olha
o suposto passado, é a mesma coisa, não há nada lá, tudo foi armazenado na
margem esquerda (no sistema de leitura ocidental, da esquerda para a direita:
passado, presente, futuro) do cubo do presente.
ENTÃO, tanto num
caso como no outro, você está olhando o presente. A diferença é que para o
passado alguém viveu os presentes de lá, facilita olhar os papéis dos antigos
presentes, ler os testemunhos, ver as pinturas, ouvir os sons quando possível, dialogar
com as pessoas que viveram em tais épocas, pesquisando na mídia: você abre a
caixa de informações que foram presentes, trazidas e vistas no presente único.
Muitas vezes são escondidas por conspirações ou não: tem de estar atento, de
ser esperto, de desconfiar, de buscar confirmação, de atestar - digamos os arqueólogos
ou os geo-historiadores -, para colocar em choque os contrastáveis.
Você precisa DO
MÁXIMO DE DADOS.
Não pode confiar
no primeiro que pegar, tem de buscar a oposição, a negação, como está posto em A Busca da Prova Invalidante, não
devendo se esforçar para confirmar e sim para encontrar o que faz falhar a afirmação.
Ora, isso quer dizer, tanto para o futuro quanto mais ainda para o passado,
DISPOR DE BOAS E CONFIÁVEIS BASES DE DADOS e de bons pesquisadores treinados e
atentos.
Vitória, segunda-feira,
20 de maio de 2018.
GAVA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário