1/25
Se por acaso conseguirmos colocar
nossas economias faremos questão de considerar resposta de um segundo ou menos,
de preferência aquele tempo de reação dos filmes, 1/25 do segundo, ou seja, 25
quadros por segundo sendo o tempo de resposta da visão e interpretação mental.
Mais que isso exaspera. Hoje fiquei mais de uma hora tentando inicializar essa
máquina horrorosa onde estou digitando. Ela é “antiga”, de sete anos atrás, o
que em computação é uma eternidade. Como disse Gabriel, é um dinossauro.
Na TV e em filmes americanos, até como
propaganda deles vemos os monitores de LCD de 15”, de 17”, de 20” ou até
maiores, com máquinas de 64 bits muito mais potentes de dois e de quatro
núcleos ou até vários supercomputadores de vários módulos. Todas as facilidades
econômicas (agropecuário-extrativas, industriais, comerciais, de serviços e
bancárias) eles possuem, além de nascerem na língua dominante agoraqui, o
inglês, espalhado por tantos países e falado universalmente.
OS
DEGRAUS DA VIDA QUE VOCÊ USAVA
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MAIS
ALTO
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1º MUNDO
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2º MUNDO
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3º MUNDO
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4º MUNDO
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5º MUNDO
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Quando uma coisa do quinto mundo é
considerada “digna” de ser recebida no primeiro mundo os deste não sabem quanto
custou em super-esforço; por exemplo, o Brasil sendo de terceiro mundo envia
mamões aos EUA e eles são lá comidos com a maior sem-cerimônia (quem é que
reverenciaria um mamão?), sem ninguém meditar quanto custou aos trabalhadores
daqui. E assim é com o café colombiano, as bananas da América Central, os
produtos chineses e por aí afora, tudo que vai para o Império Central, os 40
países de primeiro mundo.
Lá, onde eles estão mais perto de 1/25
s e não sabem como são abençoados com as dificuldades alheias; nem nós, do
terceiro mundo, aonde nos chegam os produtos de quarto e quinto mundos. Enfim,
eles estão na condição 1/25, enquanto nós flutuamos irritados em tempos que vão
mesmo a vários minutos até a reação. Seis segundos já são 150/1, imagine
esperar vários minutos!
As pessoas não fazem nem idéia! Então,
ver os filhinhos de papai da primeira riqueza do primeiro mundo reclamando de
tudo e de todos é um pé no saco, realmente.
Vitória, sábado, 14 de outubro de
2006.
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