Daqui para i
Na seqüência da pacificação cheguei
àquele estado de espírito que a Clarice Lispector falou:
1. A volta de Clara e Gabriel em janeiro
de 1999;
2. Os dois anos de apreensão com as
tonteiras antes da operação (nada como a ameaça da morte para nos fazer pensar
em coisas profundas);
3. O medo da operação em si em agosto de
2003;
4. As dores e a apreensão durante os dois
anos seguintes;
5. O remédio Fluxene, derivado do Prozac;
6. As reflexões antes de dormir;
7. As traduções ou variações da Rede
Cognata.
Daí eu ter compreendido que Terra =
TELA = JOGO = VÍDEO, que corpo = CINEMA, que projeção = FILME = IMAGEM = FOTOS
e que, portanto, podemos mesmo estar no Mito da Caverna de Platão = MODELO DO
CINEMA DE PROJEÇÃO; que deuses = JOGADORES, que adões = ADVERSÁRIOS.
Por conseguinte, VOLTAR AO JOGO,
atingir os jogadores quer dizer rezar = MORRER = NÓS, isto é, é feito para
dentro e não para fora. Se você olha para fora está simplesmente vendo a tela,
o que todo mundo vê e não i (ELI, Elea, Ele/Ela, Deus/Natureza), o não-finito.
Clarice dizia que a palavra mais importante da língua portuguesa só tinha uma
letra: é/i; o é-da-coisa, como afirmava.
Então, não é para fora, é para dentro;
não se reza em evidência, reza-se sozinho, em completa solidão, em isolamento
total. Igrejas são comunhões SOCIAIS, não divinas; pode-se ir lá porque afinal
de contas i está em toda parte, mas reze-se PARA DENTRO.
Vitória, domingo, 10 de setembro de
2006.
PARA
EVITAR DISTRAÇÃO COLOCAREI O NOME ÁRABE DE DEUS (lembre-se, é o não-finito, e nenhum
nome serve, nem mesmo i)
Alá
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