i no início
Por falta de nome correto que dar
passei a chamar Natureza/Deus, Ela/Ele, Eli de i (Clarice Lispector dizia que a
palavra mais importante da língua só tinha uma letra: é). Veja o artigo i no Livro 148.
Agora, veja que no começo de tudo (na
realidade não houve isso, i é o não-nascido) i já deve ter se manifestado
pronto e acabado, todo-perceptivo desde o começo. Pois se Deus estivesse fora
do universo este seria parte e Deus parte também, duas partes necessitando de
um outro criador externo; que com o conjunto de dois faria o terceiro mais uma
regressão, indo assim na chamada “regressão infinita” nos aborrecer
ilimitadamente. i não pode ter se manifestado depois, como solução do universo,
nem antes, pois neste caso iríamos à regressão não-finita.
Mas a Curva do Sino nos mostra que
PELO MENOS UM DÁ O SALTO PARA O NÃO-FINITO: quando se deu isso? Deu-se logo no
começo, desde e sempre e para sempre, quando a materenergia JÁ ERA o fundo
cósmico imanifestado de onde os universos do pluriverso foram sendo extraídos
como sementes, um de cada vez: universo tirado do espaçotempo de modulação e o
Ente modulante são uma e a mesma coisa. Não existe galinha e ovo separados, há
galinhovo; não temos espermatozóides e óvulos distintos, temos espermatóvulos
reunidos ou por reunir. O que existe mesmo é que o espermatóvulo é conjunto OU
AINDA NÃO É. Acontece que numa hora o galinhovo é galinha e noutra é ovo,
devendo ser novamente os dois.
Então todos os seres são i, Deus ou
Natureza? Sim, mas falta a Manoel o Jonas ou a Dora ou todos os outros; faltam
aos humanos as amebas e os gaturamos e assim por diante. Então, os seres estão
constantemente programando e reprogramando o 50/50 que dorme nos universos
não-manifestados e acorda nos universos manifestados, este sono durando, ao
modo dos hindus, por vezes bilhões de anos e outras vezes átimos, conforme a
distribuição normal. Numas horas o universo atinge as fases civilizadas do
modelo e além, nas três pirâmides; noutros lugares, não. Nuns dá certo e
noutros fracassa. Nuns consegue e noutros um meteorito acaba com tudo pouco
antes.
VÁRIAS
FORMAS DE OUROBOROS
(em todas as culturas em todos os tempos em todos os lugares). E nesta forma
alternativa yin/yang.
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O universo surge então naquelas sete
formas (Natureza, Deus, Pai = PI, Mãe = NOMES, Todo, Parte, Cristo = CENTRO e
Besta = LIMITE). Está aí porque sempre esteve, desde sempre e para sempre; o
que acontece com os racionais é que ao adquirirem língua começam a compreender
e desde que começam não fazem mais nada senão tentar entender o ininteligível
em níveis cada vez mais altos de perplexidade.
Vitória, quarta-feira, 28 de dezembro
de 2005.
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