A
Morte da China
Demorou muito para eu ver (o que fiz antes de
agora) que Mao Zedong (Tsé Tung), ao instigar a Revolução Cultural (a Grande
Revolução Cultural Proletária, 1966-1976, este o ano da morte dele) estava
matando o passado da China, o que, se por um lado foi acerto admirável, do
outro foi erro extraordinário.
TODAS
AS CONQUISTAS DE 4,5 MIL ANOS FORAM APAGADAS
Mao “desenvelheceu” a China de suas
antiquíssimas tradições, que a manietavam, e rejuvenesceu a produçãorganização,
ao custo de grandes tragédias futuras, que nem estão à vista ainda.
1º.
ACERTO: ao cortar os laços com o passado, permitiu o que depois Deng Xiaoping (Xiao
Ping) fez a partir de seu retorno, levando o país a dar sucessivos saltos no
Caminho de Duas Vias, como já retratei repetidamente, quer dizer, a imitar ou
emular o Ocidente e a Cristo sem adotar formalmente o cristianismo;
2º.
ERRO: tudo volta, é cíclico, a dialógica faz retornar – a própria ignorância geral
dos filhos, dos netos, dos bisnetos os levará a pesquisar & desenvolver o
passado até as minúcias, com grande reverência e superafirmação.
Claro, presa ao arcaico, ao arcano, ao
antiquado, ao antigo, ao anacrônico, ao obsoleto a China não conseguia ir
adiante, porque defasada em relação à superproduçãorganização ocidental: estava
ficando cada vez mais para trás. Os orientais convivem com a dialógica
emocional do taoísmo desde dois mil e quinhentos anos, deveriam saber; ou
sabiam e fizeram premeditadamente, esperando para muito à frente o retorno ao
passado, sob o domínio do presente.
Está bem claro para mim que Mao matou a China
antiga.
E criou as bases do verdadeiro grande salto à
frente sobre o falso Grande Salto à Frente (1958-1960), este fracassado: a
China tem segundas e terceiras intenções por trás da bandeira evidente que
oferece ao mundo.
Vitória, quarta-feira, 13 de dezembro de 2017.
GAVA.
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