A
Era dos Pantanais
Nesta série temos seguido a trilha a
construção continental da América do Sul desde a queda da grande flecha há 273
milhões de anos, como foi demoradamente determinado lá para trás. Estabeleci
uma sequência que deve ser apurada. Se possível, ao chegar aos mil textos
tentarei juntar os desse tópico, como fiz no DVD 3, Material Sensível.
Depois de o Arco dos Andes ter sido levantado
como tal, capturando porção de 12 milhões de quilômetros quadrados do
Páleo-Pacífico (2/3 da atual AS), o Grande Canal Salgado foi fechado ao Sul e ao
Norte, transformando-se no LAS, Lobato da América do Sul, seguindo-se toda
aquela sequência estipulada. Um tanto subiu o fundo do PP, empurrado para cima
pela Placa de Nazca, digamos ½, e outro tanto foi coberto de aluviões de toda
sorte (273 milhões de anos de depósitos é muita coisa). Como diz o povo de
forma tão engraçada, permitindo encurtar consideravelmente as explicações, “vai
que vai”, a seguir à transformação do GCS em Grande Lago Doce, chegamos ao
ponto de surgimento das ilhas internas, conforme já raciocinamos, e depois dos
grandes lagos internos que foram diminuindo em área (como está acontecendo no
Canadá) até se tornarem bem rasos, e como tais pantanais, esses imensamente
férteis presentes da Natureza, como os manguezais de beira-mar são também, como
o Pantanal Mato-grossense é.
Essa foi a era dos pantanais, a mais fértil
de todas, com trilhões de pássaros nos céus e trilhões de peixes e mamíferos
marinhos (se já existiam) nas águas, iguanas, tartarugas e outros répteis,
dinossauros nadadores, dinossauros voadores, uma profusão de Vida (arquea,
fungos, plantas, animais e primatas, se já os havia – possivelmente surgiram lá
por 100 milhões de anos).
Foi a era mais bela da Terra em termos
puramente biológicos, não-psicológicos, a mais pródiga e dadivosa em variedade
de espécies e espécimes, porisso não estranharei nada se for durante ela que
forem descobertos mais seres petrificados, aos zilhões. Os estratos a serem
cavados entre o Planalto Brasileiro e os Andes mostrarão se é verdadeira a
hipótese, provavelmente na metade de 273 até 65 milhões de anos, ou seja, lá
por 169 milhões de anos, 26 para lá e 26 para cá (o número não é fortuito),
quer dizer, de 195 a 143 milhões de anos, montanhas e montanhas de fósseis
(claro, nenhuma novidade, em todos os lobatos eles vão existir).
Vitória, sexta-feira, 15 de dezembro de 2017.
GAVA.
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