quarta-feira, 20 de dezembro de 2017


A Negação da Vontade em Sísifo, em Gaspar e em Sidarta

 

VEM EM GRUPOS DE QUATRO (diz o modelo; fica como dever de casa achar o quarto)

 
Sísifo
 
--
NEGAÇÃO DE FORA PARA DENTRO
(Pressão, renúncia forçada)
 
Kaspar
 
Sidarta
NEGAÇÃO DE DENTRO PARA FORA
(Renúncia, pressão interna)
NIILISMO OU NEGATIVISMO
TOTAL
(Niilismo de perdição)
NIILISMO OU NEGATIVIDADE PARCIAL
 (Niilismo de salvação)
 
X

Kaspar Hauser tinha sonhado com a humanidade subindo uma montanha, no alto da qual só veria outras montanhas-esforços igualmente inúteis. Sidarta Gautama, o Buda, queria o fim das reencarnações e tendo sido iluminado deixou uma quantidade de remedinhos (as Quatro Nobres Verdades e o Caminho de Oito Vias). Sísifo é o mito grego da inutilidade dos trabalhos humanos e de todos os racionais para compreender a Criação ou evolução. Todas são formas de niilismo, faltando a quarta.

Duas são de fora para dentro e duas de dentro para fora, estas opção do ser, espontaneidade. Em Sísifo, está claro, é castigo dos deuses, condenação, enquanto nos outros é opção. Em Kaspar está a mais violenta negação de todo esforço compreensivo: no alto de cada finalização compreensiva apenas veremos outras totalizações, infinitamente dispersas a perder de vista no não-finito, quer dizer, nos outros universos. Porém, veja, o movimento da Curva do Sim e do Não (Curva do Sino ou de Gauss ou das Distribuições Estatísticas) ou soma zero 50/50 dos pares polares opostos-complementares não é tal que SEMPRE existirá metade dos possíveis mundos? E isso não garante que os racionais surgirão? Tal surgimento não equivale à solução dos enigmas? Então, a negação da vontade é inútil nos mundos existentes, PORQUE EXISTENTES, indefectível, infalivelmente existentes. A solução seria migrar para o não-existente e esperar que ELI, Ele/Ela, Deus/Natureza não reabsorva o que deixa de existir e que ele mergulhe realmente no não-existir definitivamente. Mas aí não-existiria e nenhuma compreensão seria possível: teria como prêmio não haver prêmio algum, nenhuma recompensa. É um dilema.

Vitória, sábado, 07 de janeiro de 2006.

 

VÁRIOS RETRATOS DO MITO DE SÍSSIFO (= HOMEM = SÓ = PRIMEIRO = SOM = SOMA e segue na Rede Cognata)

De maneira semelhante a Prometeu, Sísifo encarnava na mitologia grega a astúcia e a rebeldia do homem frente aos desígnios divinos. Sua audácia, no entanto, motivou exemplar castigo final de Zeus, que o condenou a empurrar eternamente, ladeira acima, uma pedra que rolava de novo ao atingir o topo de uma colina, conforme se narra na Odisséia.
Sísifo, na mitologia grega, rei de Corinto, filho de Éolo, rei de Tessália. Sísifo observou como o deus Zeus se encontrava com a bela ninfa Egina e contou a seu pai o que tinha visto. Enfurecido, Zeus condenou-o ao Tártaro. Microsoft ® Encarta ® Encyclopedia 2002. © 1993-2001 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados.

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