quarta-feira, 20 de dezembro de 2017


A Igreja que Mel Levou Consigo

 

Gabriel leu no livro de ficção Anjos e Demônios de Dan Brown que somente as obras contidas no Vaticano (0,44 km2, do tamanho de um bairro pequeno: é a menor e mais poderosa nação-cidade do mundo) foram avaliadas em 48 bilhões de dólares, o que não fala da preciosidade real das obras, muitas delas de milênios. Também não diz das construções e do valor geo-histórico implícito delas.

Ademais, isso está longe de contemplar a totalidade das propriedades da Igreja através do mundo, pois ela está presente em todos os países, hoje perto de 200. Por exemplo, Mel Gibson (que dirigiu as filmagens de Paixão de Cristo) é católico australiano e quando foi para os EUA pôde freqüentar a mesma igreja, com os mesmos ritos. Tal igreja fala uma língua só em todo o planeta, o latim, como já apontei tantas vezes; tem como dirigente um rei, o papa; tem leis suas, seu Legislativo, seu Executivo, seu Judiciário; vive há quase dois milênios; treina seus soldados-padres (é cognato na Rede Cognata: padre = SOLDADO = PODER = POLÍTICO = ENÉRGICO = SALADOR = SALVADOR = PALAVRA = FALADOR = PREGADOR e segue) uniformemente em Roma.

Não há nada como isso na Terra, nem de longe.

Quando o indivíduo adere a uma dessas “denominações”, uma dessas seitas cristãs, ao sair do Brasil não pode freqüentar as mesmas igrejas ou templos; nem os muçulmanos tem um rito só, são xiitas ou sunitas; nem os budistas, porque cada monge é diferente; nem os hinduístas, restritos à Índia. Em resumo, só a Igreja está literalmente espalhada em toda a Terra.

Se Mel Gibson for à Argentina lá encontrará a mesma Igreja Católica, realmente universal; ou se for à Nigéria ou até ao Afeganistão, ao Japão, à China, à Suécia, onde for. Isso é um gênero de conforto para os católicos, sentirem-se como a mesma família planetária. Por sua opção geo-histórica Mel Gibson e sua família se reconhecerão em toda parte.

Vitória, sábado, 07 de janeiro de 2006.

Nenhum comentário:

Postar um comentário