O
Príncipe Demente
Há o Príncipe Valente, a obra magistral,
eterna, de Harold Foster e há esse filme de 1954, inclassificável de tão ruim,
a música – como antigamente – conduzindo com tambores as emoções dos
espectadores, impedindo-os de raciocinar e se emocionar por si mesmos, e todas
as sucessivas falências do enredo e das atuações. O enredo é tal que o
príncipe, em HF um jovem impúbere, já começa velho e capaz de, apenas ele,
desvendar e acabar com trama envolvendo Arthur Pendragon (e Merlin, que não
aparece), o dono da fabulosa Excalibur (a Dama do Lago o escolheu, dando-lhe a
espada) e mais 12 cavaleiros (os maiores do reino fictício). Depois, a trama
sutil e poderosa de HF é superficializada pela urgência da película, que dura
em média 90 minutos.
O PRÍNCIPE
FALSIFICADOR E O PRÍNCIPE VERDADEIRO (na trama de HF tudo se dá lentamente, ao
correr das necessidades diárias) – o filme é uma ofensa grave aos devotados,
ardorosos fãs de HF.
Robert Wagner representou valente.
Americano nascido em 1930, em 1954 tinha 24 anos.
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Nas pranchas o PV começa com 13 ou 14 anos,
garoto ainda.
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Wikipédia.
Elenco principal
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James Mason
.... Sir Brack
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Falta de respeito pelo público.
O Príncipe Valente de Hal Foster (canadense-americano,
1892-1982) começou a ser desenhado em 1937 (ele se afastou em 1971, sendo
sucedido por outros desenhistas, que a continuam até hoje; deveriam todas as
pranchas ser publicadas em conjunto de livros-álbuns, é uma das grandes
notícias da humanidade, na minha percepção os quadrinhos mais perfeitos já
feitos), o filme foi feito 17 anos depois.
Enfim, é como o Cinema geral nos trata, “Marcelinho
pipoqueiro, nós sabemos que você só quer dinheiro”.
Vitória, quinta-feira, 23 de novembro de 2017.
GAVA.
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