quinta-feira, 23 de novembro de 2017


O Príncipe Demente

 

Há o Príncipe Valente, a obra magistral, eterna, de Harold Foster e há esse filme de 1954, inclassificável de tão ruim, a música – como antigamente – conduzindo com tambores as emoções dos espectadores, impedindo-os de raciocinar e se emocionar por si mesmos, e todas as sucessivas falências do enredo e das atuações. O enredo é tal que o príncipe, em HF um jovem impúbere, já começa velho e capaz de, apenas ele, desvendar e acabar com trama envolvendo Arthur Pendragon (e Merlin, que não aparece), o dono da fabulosa Excalibur (a Dama do Lago o escolheu, dando-lhe a espada) e mais 12 cavaleiros (os maiores do reino fictício). Depois, a trama sutil e poderosa de HF é superficializada pela urgência da película, que dura em média 90 minutos.

O PRÍNCIPE FALSIFICADOR E O PRÍNCIPE VERDADEIRO (na trama de HF tudo se dá lentamente, ao correr das necessidades diárias) – o filme é uma ofensa grave aos devotados, ardorosos fãs de HF.

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Robert Wagner representou valente. Americano nascido em 1930, em 1954 tinha 24 anos.
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Nas pranchas o PV começa com 13 ou 14 anos, garoto ainda.
Wikipédia.
Elenco principal
·      James Mason .... Sir Brack

Falta de respeito pelo público.

O Príncipe Valente de Hal Foster (canadense-americano, 1892-1982) começou a ser desenhado em 1937 (ele se afastou em 1971, sendo sucedido por outros desenhistas, que a continuam até hoje; deveriam todas as pranchas ser publicadas em conjunto de livros-álbuns, é uma das grandes notícias da humanidade, na minha percepção os quadrinhos mais perfeitos já feitos), o filme foi feito 17 anos depois.

Enfim, é como o Cinema geral nos trata, “Marcelinho pipoqueiro, nós sabemos que você só quer dinheiro”.

Vitória, quinta-feira, 23 de novembro de 2017.

GAVA.

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