Deformidades das
Elites da Periferia
Estávamos minha
filha Clara e eu na ante-sala de um consultório na desagradável espera pela
irresponsabilidade dos médicos quando ela começou a ler uma revista local, do
Espírito Santo, Class (os aduladores
das elites locais sempre dão nomes estrangeiros às coisas pensando agradar às
elites de fora, mas é o contrário, com isso patenteiam o provincianismo), e lá
estavam figuras e mais figuras das elites monetárias locais, que são disformes
por comparação com as doutros lugares. Por quê acontece isso, se
estatisticamente isso não deveria ocorrer?
É que nos lugares
grandes há muita atração da gente mais competente, mais instruída, mais bela,
mais rica e por isso quando ela é retratada lá estão os “melhores” exemplares humanos,
julgados tais. Todos os “melhores” do Brasil inteiro iam para o Rio de Janeiro,
capital da República até 1960 e a maior renda percapita. Assim, quando Caras (o nome é português, veja) mostra,
sempre tem um conjunto muito maior dentro do qual escolher e escolher com
largueza, enquanto Class deve
apresentar o que estiver disponível.
CLASS E CARAS
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O
AMBIENTE DE CARAS
(é o Brasil inteiro, eventualmente até o mundo)
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O
AMBIENTE DE CLASS
(é uma classe muito pequena e muito apagadinha, quase não dá para enxergar)
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Em resumo, Caras tem muito mais gente para escolher, o volume ofertado é muito
mais diversificado e variado, podendo-se tirar tal ou qual figura mais
expressiva. Class deve se contentar
com quem não foi embora ou não aparece alhures, porque se aparecer lá não vai
querer se rebaixar a circular num veículo muito menor aqui.
Vitória,
agosto de 2005.
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