A
Grandeza de Deus
Uma parte significativa das manifestações das
pessoas é carregada de erros dialéticos ou de relações, atribuindo-se a B o que
é de –B.
É o caso do título.
Deus não tem grandeza, termo do tempo, do
mensurável: por ser não-finito, pela lógica Deus não tem tamanho, é
imensurável.
AH,
ISSO VAI LONGE!
NATUREZA.
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i
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DEUS.
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Que termina.
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Que não termina.
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TEMPO.
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ESPAÇO.
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Que enferruja, acaba, sucumbe.
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Sempre incorruptível, não mensurável.
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Evolui, cria.
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O mesmo.
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Injetados.
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Moldes perfeitos.
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Deus não termina porque nunca começou, é de
sempre para sempre, é espaço, não é tempo, não é terminável. Deus não morre,
porque nunca viveu, não vem de geração, sempre é (foi, é, será), pois como
dizia Clarice Lispector, “a palavra mais importante da língua só tem uma letra:
É”. Nietzsche estava errado e todos os que vieram depois dele e o seguiram e
repetiram, também: Deus não está morto, só quem está morto é quem viveu e
acabou. Por exemplo, como já disse, Nietzsche está morto.
Não se pode falar em “grandeza de Deus”,
porque não há métrica para o não-finito: quando este universo terminar, por
mais bilhões de anos que dure, Deus ainda permanecerá, igualzinho ao que era e
sempre será. Estava antes do Barulhão (Big Bang), está agora, estará depois –
não há nenhuma medida que possa identifica-lo.
As manifestações das pessoas são ilógicas.
Vitória, segunda-feira, 20 de novembro de
2017.
GAVA.
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