A
Fábrica de Karel
Comprei e finalmente li o livro de Karel
Tchápek (tcheco, 1890-1938, 48 anos entre datas, morreu jovem, mesmo para
aquela época: escrito com essa grafia, de fato aparece mais como Karel Capec,
aportuguesamento-abrasileiramento da forma original) criador da palavra robô
(robot, no tcheco, escravo) em 1922. A palavra ficou para sempre, em todas as
línguas, e Isaac Asimov propagou-a fartamente em seus livros.
AUTOR
E LIVRO
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São Paulo, Hedra, 2010.
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Vira mito, ninguém sabe por que, alguém falou
a favor, outros embarcaram, quem nunca leu acaba elogiando, mas continuaria uma
porcaria na forma e no conteúdo, mesmo se o cinema atualizasse com os super-recursos
computacionais atuais.
Escreveu sob a forma de peça com extremo
pessimismo em relação à humanidade, proscrita e depois extinta, o mesmo
acontecendo com a nova sociedade de robôs, tudo muito dramático, melodramático,
meloso-dramático, exagerado. Alquist ao final torna-se Deus, inclusive com o
sexto dia e restam um novo Adão e uma nova Eva, um recomeço sem os humanos
(esquecendo-se que é tudo 50/50), com a frase indicadora de ódio avassalador: “As
casas e as máquinas ficarão arruinadas, os sistemas serão desfeitos e os nomes
de grandes indivíduos cairão como a folhagem (...)”, p. 145, esquecendo-se
Capec que tudo isso foi trabalho, esforço e que os maus, afinal de contas, não
precisam nem irão prevalecer.
Pobre, paupérrimo.
Decepcionante.
Vitória, quarta-feira, 22 de novembro de 2017.
GAVA.
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