Testemunhas
do Real
Evidentemente cada
pessoa é um metro da realidade e cada mente é uma máquina fotográfica do real.
O que fotografa é real? Seguramente tudo que o olho externinterno fotografa é
real, mas também é particular, é a visão desde um ponto de vista, é um quadro,
um corte da realidade relativo à experiência formestrutural da PESSOA
(indivíduo, família, grupo ou empresa).
CORTANDO O REAL (aquele lugar,
aquela pessoa olhando com suas experiências separadoras, naquele ângulo,
naquele dia, aquelas construções, aquelas restrições). Essa pintura fala de
quem a fez e só dessa pessoa.
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A
FOTOGRAFIA DO REAL (tudo é relação entre a pessoa e o ambiente,
interesse mútuo; embora não pareça haver interesse do ambiente na pessoa, de
fato há, e ele atrai com os chamados apropriados, usando para isso como isca
outras pessoas)
· O ponto de vista;
· A linha de visada;
· O plano do olhar;
· O volume do ver.
A passagem de cada ser na Vida geral é um testemunho, um
conjunto de olhares (seja nas 22 tecnartes, seja nas 6,5 mil profissões, nos
modos de conhecer, em tudo mesmo) e denota a relação ÍNTIMA entre a Natureza e
aquele ser em especial, por exemplo, Artur, é a vida-de-Arthur; é um rastro, o
modo-de-ser daquela criatura, digamos o modo-de-ser de Arrabal, autor teatral espanhol.
Então, cada um vê o real mesmo, desde o seu modo de ver.
O que nós quereríamos dizer com O REAL seria aquele real
que Deus vê, A Verdade, a soma de todas as verdades como verdade única, a
extrema verdade; essa, evidentemente, nenhum, exceto Deus, pode ver. Daí que
embora cada um de nós veja o real, também o que vê é irreal, é parcial, porque
a racionalidade é, necessariamente, parcial, incompleta.
É porisso que as respostas dentro do racional são sempre
duplas: sim e não, verdade e mentira, acima e abaixo – pares polares
opostos/complementares.
Vitória, quarta-feira, 10 de agosto de 2005.
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