quarta-feira, 25 de outubro de 2017


Testemunhas do Real


 

                            Evidentemente cada pessoa é um metro da realidade e cada mente é uma máquina fotográfica do real. O que fotografa é real? Seguramente tudo que o olho externinterno fotografa é real, mas também é particular, é a visão desde um ponto de vista, é um quadro, um corte da realidade relativo à experiência formestrutural da PESSOA (indivíduo, família, grupo ou empresa).

CORTANDO O REAL (aquele lugar, aquela pessoa olhando com suas experiências separadoras, naquele ângulo, naquele dia, aquelas construções, aquelas restrições). Essa pintura fala de quem a fez e só dessa pessoa.




A FOTOGRAFIA DO REAL (tudo é relação entre a pessoa e o ambiente, interesse mútuo; embora não pareça haver interesse do ambiente na pessoa, de fato há, e ele atrai com os chamados apropriados, usando para isso como isca outras pessoas)


·       O ponto de vista;

·       A linha de visada;

·       O plano do olhar;

·       O volume do ver.

A passagem de cada ser na Vida geral é um testemunho, um conjunto de olhares (seja nas 22 tecnartes, seja nas 6,5 mil profissões, nos modos de conhecer, em tudo mesmo) e denota a relação ÍNTIMA entre a Natureza e aquele ser em especial, por exemplo, Artur, é a vida-de-Arthur; é um rastro, o modo-de-ser daquela criatura, digamos o modo-de-ser de Arrabal, autor teatral espanhol.

Então, cada um vê o real mesmo, desde o seu modo de ver.

O que nós quereríamos dizer com O REAL seria aquele real que Deus vê, A Verdade, a soma de todas as verdades como verdade única, a extrema verdade; essa, evidentemente, nenhum, exceto Deus, pode ver. Daí que embora cada um de nós veja o real, também o que vê é irreal, é parcial, porque a racionalidade é, necessariamente, parcial, incompleta.

É porisso que as respostas dentro do racional são sempre duplas: sim e não, verdade e mentira, acima e abaixo – pares polares opostos/complementares.

Vitória, quarta-feira, 10 de agosto de 2005.

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