segunda-feira, 23 de outubro de 2017


Telealunos da Teleuniversidade da SCTE

 

                            Tomemos a SCTE (sala, cadeiras e telão de ensinaprendizado).

                            Agora vejamos esses alunos à distância da educação à distância (inventaram o horrível nome de “aluno presencial” para os que vão à escola). Se os telealunos dessa teleuniversidade, universidade por TV e não mais por papéis que iam e vinham pelos Correios na versão pré-Internet, pudessem adquirir uma SCTE nem precisariam ir lá, não mais como essa coisa por computador e WWW, mas através da pulsação das SCTE ligadas intensamente na prancheta do professor, estivesse onde estivesse, na UFES ou no Japão, nos antípodas. As pessoas todas, todos os alunos e o professor daquela sala, todos os alunos de todos os anos, todos os professores do planeta poderiam estar ligados. É para isso que caminhará, claro. Contudo, como caminhará? Ter um casulo em casa não sairá barato e de início só os ricos poderão ter, como sempre; mais do que apenas exclusão digital haverá exclusão de telinfocontrole (informação-controle à distância), da rede de TIC, digamos assim. Evidentemente que falar rico, médio-alto, médio, pobre ou médio-baixo e miserável é dizer exclusão, consciente ou inconsciente. Estando agora na média, com quantos ricos eu lido, não digo diariamente, mas anualmente?

                            Ter acesso à UFES Universidade Federal do Espírito Santo é uma coisa, mas ser admitido aos ambientes das SEIS MIL universidades mundiais é outra muito diferente; mesmo a UFES tem 40 cursos, sei lá, e 1.300 professores para 10.000 alunos, porém quando você vai a uma sala tem acesso a um professor de um curso só. No futuro, se for um telealuno de TIC/SCTE terá potencialmente acesso a todos os (proporcionalmente com a UFES) oito milhões de professores ou mais e, digamos, 60 milhões de colegas em todo o mundo. Mais ainda, porque quando a inteligência artificial que está por ser criada for expandida, ir às escolas como agora será escolher um ponto e não o volume do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática).

                            Ademais, no seu casulo com ligação à SCTE universal, tendo à sua disposição uma ciberprancheta, o mundo dos conhecimentos plenos estará à sua disposição através das videoaulas muito atrativas. Nessa época o tempo de agora parecerá primitivo, como o de 20 anos atrás, pré-Internet, começa a parecer. Fará todo sentido se apoderar dessa tecnociência.

                            Vitória, agosto de 2005.

Nenhum comentário:

Postar um comentário