quarta-feira, 25 de outubro de 2017


Tamanho Falatório


 

                            Para onde quer que a gente olhe agora o impensável há 10 anos acontece: as pessoas estão falando ao celular. Falando, falando, falando continuamente, pessoas de todas as classes, todas as horas do dia e da noite - “todo o tempo” – e todo espaço. É impressionante. E não é como o telefone de família, telefone agora chamado de fixo ou de linha, que só se usava nas horas de necessidade e só atingia outras casas, estando lá pessoa procurada; agora, não, é pessoa-a-pessoa e como em geral ela é sempre achada as conversas se multiplicam, com utilidade ou sem. Falam por falar, falam qualquer coisa, falam o tempo todo.

                            Quem podia imaginar que a solidão de um lado fosse tão aguda e do outro a necessidade de atenção tão intensa?

                            As companhias telefônicas móveis introduziram no Brasil dezenas de milhões de aparelhos telefônicos e a coisa toda não pára de crescer, aqui e no mundo inteiro, estando agora na terceira geração e no videofone que nem se esperava mais ver chegar. Pode-se fotografar, enviar e receber dados de Internet, ouvir músicas, ver filmes, conversar, mandar mensagens, operar como computador e muitas coisas mais. Fatalmente irão reunir o iPod (tocador de MP3, que já é outro fenômeno) e aí poderemos no mesmo aparelho:

·       Telefonar;

·       Ouvir rádio;

·       Fotografar;

·       Trafegar na Internet;

·       Computar;

·       Ouvir discos (em MP3);

·       Investir;

·       Usar como cartão de crédito (como, disse Gabriel, já fazem no Japão);

·       Outras utilidades que descobrirão.

Enfim, quem podia imaginar que o ser humano fosse tão sozinho e tão necessitado de atenção? Por si só esse é um fenômeno sociológico a ser investigado junto com o fenômeno econômico.

Vitória, agosto de 2005. Econômico
Vivo rejeita busca por 'cliente virtual'
24/05/2005
Heloisa Magalhães
A Vivo perdeu cinco pontos percentuais de participação no mercado durante o ano de 2004 e mais 1,5 ponto no primeiro trimestre de 2005.

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