Perguntando pela
Humanidade de Zoroastro
Se não são guardadas
as pequenas memórias das pessoas, depois de muito tempo só sobra o folclórico,
porque as figuras são mitológicas, transformam-se em mitos, em super-heróis ou
semideuses, como aconteceu com Zoroastro e outros. Para resguardar a
humanidade, para manter pequena distância entre os criadores e as pessoas que
trabalharam e não tiveram tempo de pensar é preciso conservar as miudezas.
Por exemplo,
Zoroastro ou Zaratustra falou de dois princípios opostos, mas não
complementares, o Bem e o Mal, e isso está na base de toda religião posterior,
inclusive o cristianismo com Céu e Inferno (ainda que o judaísmo seja anterior
a afirmação tornou-se mais forte com Zaratustra). O que sabemos do cotidiano de
Zoroastro? Pouco ou quase nada, porisso ele vai se esvaindo no tempo e ficam
somente as características sobre-humanas, aquilo que ultrapassa o mero existir.
O mesmo se dá com os
filósofos, dos quais peguei quaisquer uns na Internet: por eles não falarem de
“coisas pequenas” suas humanidades vão se esfumaçando ao tornarem-se suas
personalidades cada vez mais dilatadas, a ponto de aos poucos não os
reconhecermos mais como seres humanos. É preciso falar de trivialidades, de
coisas do dia a dia e não somente dos “grandes temas”, pois as coisas pequenas
pertencem ao escopo da realidade, estão amarradas àquele plano-espaço, àquele
espaçotempo particular em que esteve inserido o pensador.
Vitória, agosto de
2005.
ZOROASTRO
Zoroastro
(630-550 a.C.), ou Zaratustra, profeta da religião persa, fundador do
zoroastrismo. Acredita-se que foi sacerdote e, desde a juventude, tenha
recebido revelações de Ahura Mazda (“Senhor do conhecimento”). Microsoft ® Encarta ® Encyclopedia
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FILÓSOFOS
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