Para Contar Atlântida
Uma coisa é falar,
outra é fazer.
Como explicar
Atlântida à população, no caso de a nave estar mesmo lá debaixo do Mar de
Sargaços?
Como mostrar todos
os caminhos e descaminhos dos 26 mil livros que foram escritos desde que Platão
falou de Atlântida nos diálogos Timeu
e Crítias há quase dois mil e
quinhentos anos?
Pois não é como nas
conspirações de FC, por exemplo, em Stargate
SG1 em que uma megaoperação foi escondida por sete anos. Não haveria como
esconder 140 mil km2 do Mar de Sargaços, nem o movimento de milhares
de barcos, aviões, helicópteros, submarinos, batiscafos; não há como dizer ser
isso uma investigação arqueológica, ainda mais porque o Mar de Sargaços é hoje
chamado Triângulo das Bermudas e suscita imensa curiosidade. Qualquer menção a
uma superoperação na região das Bermudas e as orelhas dos ufólogos do mundo
inteiro ficariam ouriçadas.
UMA
REGIÃO CENTRAL DO MUNDO
(por ali passam milhares de aviões de carreira e navios turísticos a cada ano)
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Seria preciso convidar um punhado de
escritores para contar tudo que fosse contável sobre Atlântida, tudo que
pudesse ser revelado ao chamado “grande público”. Mas, o que pode ser revelado?
O Consórcio de Atlântida (com 51 % dos EUA, como vimos) deveria ser consultado.
O Conselho de Segurança da ONU (que coincidiria grosso modo com o CA) deveria
ser consultado. Quanta confusão tal ou qual informação pode gerar? Que empresas
podem ser beneficiar disso e daquilo? Tudo deve ser pesado, tudo deve ser
meditado, tudo deve ser cuidadosamente aquilatado. Nem isso é simples. E quais
escritores, afinal de contas? Os exagerados, os médios ou os enxutos?
Mil perguntas, para algo que parecia
tão simples aos ufólogos.
Vitória, terça-feira, 21 de junho de
2005.
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