Genialidade
Bovina e a Curva do Câncer
Continuando na
discussão da replicação ou clonização da genialidade, fica o pensamento dos
militares produzirem não os supersoldados, mas os supergênios ultra criativos
(os prototípicos são Einstein e Newton, expoentes da raça) aos milhares e às
centenas de milhares. O que pode causar colapso mental é pensar em 100 ou 200
mil gênios reunidos na mesma cidade e trombando todo dia, não metaforicamente e
sim através de terríveis choques psicológicos reais, pois os gênios são
INCONTORNAVELMENTE opositores, contrários a tudo e a todos na medida mesma de
sua genialidade. Quanto mais genial, mais opositor; essa é a regra.
Depois,
há a seguinte idéia preocupante: produzir uma raça de bois e de vacas que se
expanda tanto em razão da extraordinária utilidade, que nada mais reste para os
outros não seria perigoso? Se uma carga de gênios extremos começar a ser
produzida, quem quererá gente de QI baixo? Os de QI atuais iriam para onde (não
os outros, mas nós iríamos para onde)? Gente de QI alto não é encrenqueira por
natureza? Quem desejará não-expurgar uma das quatro ou cinco mil doenças? Quem
ficaria satisfeito de enfrentar a possibilidade da doença de Lou Gehrig ou ELA
(Esclerose Lateral Amiotrófica)? Todas as doenças seriam banidas quanto antes.
E, lembre-se, nós todos, os de hoje, estamos cheios de doenças.
Além
disso, quem garantirá que as linhas de programa do ADRN de TODOS OS SERES
HUMANOS (que podem conter mutações benéficas frente a outros ambientes) serão
preservadas? Doenças são, na realidade, também linhas de programa para máquinas
que já foram úteis ou serão utilizadas em outros tempos. Pode acontecer que nas
linhas potencialmente desprezadas estejam soluções que se veriam vantajosas em
ambientes mutados mais adiante. A Natureza humana conjunta de hoje está
guardando todas as mutações, inclusive aquelas julgadas ofensivas e sem uso
hodiernamente. E os ambientes lá dos planetas distantes? Se você pegar
preferencialmente os grupos gênios G1 a GJ não estaria
excluindo todo o restante alfabeto ABC ... (G) HIJ...Z? Apagar os negros não
teria excluído o jazz? O apagar nazista dos judeus em 200 a.C. não teria
excluído Jesus?
A SOMA ZERO

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É
evidente que os militares pensarão só nos lucros que tirarão de seu projeto
eugênico, deixando os prejuízos para a coletividade, quer dizer, promoverão a
coletivização dos prejuízos. Farão primeiro e perguntarão pelos erros depois.
Vitória,
quarta-feira, 17 de agosto de 2005.
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