Bill Gates
de Bicicleta
Ele chegou a ter 60
ou 70 bilhões de dólares, mas no vai e vem das ações continua o homem mais rico
com 40 bilhões. Depois de certo patamar não há mais como disfarçar, andar de
bicicleta não irá fazer as pessoas acreditarem que não é ele, a notoriedade é
patente. Só esse relacionar BG a bicicletas já nos faz pensar sobre separações
e ver que existem bicicletas ricas, médio-altas, médias, pobres ou médio-baixas
e miseráveis, como aquelas que temos, compradas há nove anos por 230 reais cada
(então próximo de 230 dólares) que agora são vendidas a R$ 100, apenas 40
dólares cada.
BG
pode até andar de bicicleta, mas será alguma de 16 mil dólares ou no mínimo de
dois mil ou o que for; por mais simples que seja o que ele fizer naquele lugar
onde ele vive, isso significará montanhas de dinheiro. Se andasse nas ruas as
pessoas o reconheceriam. Tenderá a ficar no bairro rico onde vive, onde está a
casa que, segundo dizem, iria custar US$ 100 milhões e não sei se ficou pronta.
O CONE DA RIQUEZA É EXCLUSIVO (poucos entram nele
perto do cume, da metade para cima, e poucos saem ou desejam sair)
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Há uma nítida
separação. Bicicleta é uma palavra só e parecem que todos podem tê-la, mas na
realidade as palavras são tão separadas quanto quaisquer coisas. A bicicleta
especial de BG não dá defeito, não fura o pneu, não tem chimbre (a tremedeira
ou o balanço característico dos jipes), não falha a passagem de marcha, não
grimpa por falta de óleo, não faz barulhos – de fato, ela corre muito macio.
Tudo é democracia,
claro, mas nós vemos perfeitamente que essa democracia foi inventada para
beneficiar os BG; todas as palavras do dicionário e da enciclopédia são RICAS
PALAVRAS para os ricos.
Vitória,
quinta-feira, 11 de agosto de 2005.
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