quinta-feira, 26 de outubro de 2017


A Verdade por Debaixo dos Planos

 

Em 1992, como já relatei inúmeras vezes, a Polícia Federal travou uma batalha com o governo federal, este não querendo ceder ao pedido de reajuste; nessa luta os policiais federais revelaram e o Jornal do Brasil relatou que o PIB invisível era de 60 %, uma taxa que eu pregava ao ex e de novo secretário da Fazenda do Espírito Santo já em 1987. Como o PIB do Brasil estava então em 400 bilhões de dólares o PIB total, visível + invisível, devia chegar a um trilhão. Durante mais de uma década lidei com o pensamento de que talvez eu tivesse sido (muito improvável, claro) o único brasileiro a ler o JB naquele dia. Naquela época sugeri que o Brasil não era pobre, alguns eram pobres no Brasil – que era preciso rever as definições para produzir notícia de PIB sem levar em conta as flutuações cambiais de parte a parte.

Em 20 de julho de 2005 Gabriel leu e agora peguei o jornal Folha de São Paulo, Dinheiro, caderno B, página 9, onde há essa matéria: “Brasil se mantém em 9º em poder de compra”, colocando este país em nona posição com “PIB em dólares, convertido pela paridade do poder de compra em US$ milhões” (mas é bilhões), Brasil com 1.482,8 bilhões, quer dizer, 1,5 trilhão de dólares. A nova medição é feita em “dólar internacional”, relativo ao poder de compra. Essa medida apenas suprime os defeitos da falsa paridade, ou seja, da paridade falsificada para benefício de uns e outros. Resta ainda ver a sonegação, aqueles 60 %, multiplicando-se então o número por 2,5 (1,00/0,60), chegando-se a um PIB brasileiro real de US$ 3,5 trilhões, o que é compatível com o país ter, sei lá, 100 cidades de mais de 300 mil habitantes, algumas delas grandes até para padrões internacionais ou mundiais.

Enfim, não podem ser esses US$ 600 bilhões ou o que quer que estejam anunciando. É muito mais, dizendo respeito ao prestígio efetivo do país no cenário mundial. É tudo lorota. A quem serve essa enganação? Esta é a única pergunta que remanesce.

Vitória, agosto de 2005.

 

O DÓLAR INTERNACIONAL (nas matérias abaixo falam dele)

Estatura político-estratégica
Ronaldo Lundgren *
“As Forças Armadas deverão estar ajustadas à estatura político-estratégica da Nação...”
Prf 4.6 da de Política de Defesa Nacional, 1996.
A Política de Defesa Nacional (PDN) estabelece como orientação estratégica, que as Forças Armadas deverão estar ajustadas à estatura político-estratégica da Nação. No meio militar, esse conceito norteia o entendimento de que aquelas Forças não devem ser maiores ou menores do que a “dimensão” do país.
País
Orçamento de Defesa USD Bilhões (1999)
Efetivo
Orçamento por Soldado USD
Brasil
10.3
291.000
35.395
Argentina
3.9
70.500
56.737
México
2.4
178.770
13.425
Chile
2.1
93.000
22.580
Colômbia
2.3
144.000
15.972
Venezuela
1.4
79.000
17.721
 
Tabela 1. Quadro comparativo de orçamentos de defesa e efetivos de alguns países latino-americanos (Fonte: The Military Balance 1999/2000 – The International Institute for Strategic Studies)
País
Blindados (CC, VBR, VBTP)
Artilharia (105, 155, AAAe, Astros)
Navios/ Submarinos
Aviões/ Helicópteros
Brasil
1.739
792
91/4
296/156
Argentina
1.248
868
57/3
156/73
México
1.151
279
138/0
134/104
Chile
953
266
47/4
98/71
Colômbia
330
210
146/4
72/92
Venezuela
602
146
21/2
131/59
 
Tabela 2. Quadro Comparativo de Alguns Países Latino-americanos. (Fonte: The Military Balance 1999/2000 – The International Institute for Strategic Studies)

OBJETIVOS:
1. Utilizar o diagrama de um sistema para explicar os principais caminhos do intercâmbio internacional.

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