Triplo-X
Brasileiro
Há isso aí de triple-X (triplo “exis”), nem
sei o que é, aproveito aqui para falar de algo estar bem distinto do que
imagino ser.
TRIPLO PAGAMENTO (pago três vezes,
como muitos brasileiros, pela doença nossa de cada dia – sem falar nos
remédios, caríssimos e ineficazes, embora haja outros, ainda mais caros, que
funcionam para os ricos)
PAGAMENTO.
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INVESTIGAÇÃO.
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SUS, Sistema Único de Saúde (este, todos nós
pagamos, está embutido nos tributos – menos os empresários e ricos, que jogam
tudo no “perdas e lucros”).
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UNIMED (é participativo, não-integral, é
particular, pago à parte, no meu caso minha filha e eu, R$ 1.400, 1/6 para
ela, 5/6 para mim).
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Consultas particulares, a 200 ou 300 cada.
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Depois de seis anos com dores na barriga, fui
a médica hepatologista “particular”, consulta de 200 reais, ela falou comigo
por uma hora e explicou as coisas, disse que iria dar remédio depois das
vacinas de hepatite B e exame de fezes para identificar mesmo se há esquistossomose
– que o fígado está parcialmente comprometido com cirrose, mas os vermes podem
ser expelidos, enquanto a gastrologista disse que era doença incurável. Seis
anos! Mais de dois mil dias de dores diurnas e noturnas, algumas atrozes.
Escrevo para o futuro, para vocês saberem que
a luta foi penosa e se estiver melhor por aí no tempo adiante, saibam que foi
difícil derrotar a miséria do ser, do ser brasileiro, tantos oportunistas há
aqui e agora, agoraqui, nesta quadra espaçotemporal.
Precisamos pagar tudo três vezes.
Inclusive máquinas e programas que não
funcionam, embora os preços daqui sejam muito mais caros (“adaptados às
condições brasileiras” de exploração) que “lá fora”.
Vitória, domingo, 24 de setembro de 2017.
GAVA.
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