sábado, 23 de setembro de 2017


Patenteando a Economia de π

 

                            Eu vi desde o começo a importância, mas como jamais percebia como abrir, não me entusiasmei; agora que apareceram as duas fitas, a fita-par e a fita-binária, é diferente e o que era apenas imaginação encontra-se um tiquinho mais perto.

                            Embora W, agente de patentes, tenha garantido que pode ser patenteado o dispositivo isso não nos diz da eficácia de patentear cada coisa, que pode ser pirateada; e para a qual não haveria proteção fora do Brasil. Sem falar que é necessária uma quantidade imensa de dinheiro, porque para PI infinito devem existir infinitos objetos. Há todos os desenhos, todas as taxas, todas as esperas, todas as chances de alguém se apoderar meramente copiando os desenhos ou produzindo algo similar. Só a questão de ser necessária uma quantidade incrível de dinheiro para patentear os objetos (dos quais não falaríamos; mas se transparecesse minimamente que fosse de onde estivessem vindo qualquer um saberia de-cifrar PI para obtê-los, especialmente se sacasse como funciona a chave). Seria um desastre completo. Não há economia no mundo que possa financiar isso, quando mais nós, que estamos no zero. Evidentemente seria preciso negociar em silêncio um primeiro objeto, diante de toda tentação de mostrar algo absolutamente espantoso.

                            Se algo de perfeito é oferecido ao mercado certamente causa espécie, quer dizer, enorme espanto.

                            Por si só este é um problema imenso que por enquanto não sei como resolver (e sequer abri Pi). Seria preciso contratar pessoas no ritmo do aparecimento do dinheiro, este uma verdadeira avalanche. As pessoas haveriam de pensar tratar-se de lavagem de dinheiro e os piratas (fiscais, policiais, uma quantidade de bandidos) cercariam imediatamente a empresa. Um perigo total. O crescimento explosivo atrairia todo gênero de oportunistas, antigos e novos.

                            Vitória, terça-feira, 10 de maio de 2005.

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