sábado, 23 de setembro de 2017


Patente Injustiça

 

                            Parece que o coletivo é que está sendo injustiçado quando dá direito de patente (por 17 anos, o que seja) ao inventor, mas é o contrário, porque a idéia não surge do nada, do vazio, ela vem do idealizador, o indivíduo (não da FAMÍLIA: indivíduo, família, grupo e empresa; nem do AMBIENTE: cidade/município, estado, nação e mundo), que é o núcleo potencializador de todas as pessoambientes. Se o indivíduo não se empenha em conseguir o novo retrato das possibilidades elas não emergem das paredes.

                            Quando o indivíduo realiza o grande esforço de pensar (a Globo tem um mote: “nada substitui o talento”) a sociedade o premia com objetos e riqueza deles, fartura material, que é dele e de seus herdeiros, se os tiver, porque se não com sua morte o Estado herda tudo; caso contrário, caso tenha de fato herdeiros o Estado vai tirando “aos poucos” (na realidade a requisição tributária é grande, no Brasil só o imposto de renda - IR - em sua maior faixa pega 27,5 %, fora os demais tributos, porque o ICMS, imposto de circulação de mercadorias e serviços, toma até 25 % cumulativos do indivíduo, embora as empresas nada paguem, transferindo tudo) durante sua vida e a de seus herdeiros. Onde nada havia agora com a invenção há uma nova fonte multiplicativa das riquezas materiais e energéticas potencializando a coletividade.

                            Então, a injustiça é para com o indivíduo, porque se não fosse o seu intenso trabalho de pensar nada surgiria.

                            Ele pensa intensamente e recebe em troca uma promessa PARCIAL (dura 17 anos) de proteção contra intenções hostis e mesmo assim só naquele país, devendo processar tudo de novo no estrangeiro para não ser pirateado em toda parte. Eis aí a verdadeira violência e injustiça. Não obstante fica parecendo que é o contrário da verdade.
                            Vitória, domingo, 08 de maio de 2005.

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