Instrumentando a
Emissão de π
Seguindo de A Emissão de π e de A Revoada das Naves com Pi Emitido,
neste Livro 118, podemos ver que a emissão de 3,141592... em sua forma de
fita-binária 1,101100... deveria ser recebida pelos potenciais aliens
racionais. Em tese não precisamos de nenhuma máquina complicada, tipo
computador, nem muito menos um supercomputador; bastaria uma lanterna emitindo
os pulsos nalgum lugar escuro. Contudo, como distinguir aceso de apagado? Seis
intervalos longos significarão seis zeros ou apenas que o operador esqueceu de
acender?
Não é como num
circuito de computador em que ele está previamente desenhado e passar corrente
na porta aberta significa “sim” e não passar “não” ou como em estacionamento em
que um carro significaria ocupação e abertura desocupação. Seria preciso usar
TRÊS PULSOS, dois curtos significando UM e um curto significando ZERO. No caso
da fita-binária teríamos: dois longos, vírgula, dois longos, um curto, dois
longos, dois longos, um curto, um curto...
Entrementes, é
esperar demais dos racionais d’além que eles estivessem bem em cima dos pulsos
da lanterna no escuro, isto é, que contassem receber em tal e qual época, sendo
tudo tão improvável; como naquele caso em que queriam acender na Sibéria uma
fogueira imensa representando o teorema de Pitágoras (a2 = b2
+ c2) com catetos e hipotenusa de várias centenas de quilômetros,
numa operação logística impossível que apenas indicaria que estávamos além da
idade da pedra. Do outro lado também há lógica. A luz diminui sua eficácia com
o quadrado da distância.
Eles esperariam
pulsos de rádio, porque (embora tão fácil a solução, agora que a encontramos)
certas complicações internas notáveis lhes diriam que a civilização teria pelo
menos de ter atingido o nível de emissora de ondas de rádio (e eles já sabem
que temos rádio há mais de 100 anos). Ondas curtas, AM, porque a FM só vai 50
km de distância antes de se perder, enquanto a AM circula o planeta inteiro:
onde quer que tenham colocado uma escuta ela seria acionada, reemitindo o sinal
para onde fosse, para a, digamos assim, “nave mãe” ou como se chamasse.
Enfim, é preciso ter
um rádio-emissor. Qualquer um, de qualquer potência. O controle pode ser feito
à mão, operando os pulsos seqüencialmente, mas seria melhor se houvesse um
computador, de preferência com uma fita-binária grande, de centenas ou milhares
de números.
Vitória, domingo, 08
de maio de 2005.
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