quarta-feira, 20 de setembro de 2017


Deduzindo Pitágoras

 

                            No livro citado Strathern diz na página 8:

                            “O princípio fundamental de Pitágoras era: ‘Tudo é número’. O que parece confirmar o dúbio julgamento de Russell. É bastante óbvio que o mundo consiste em algo além de números, embora dois milênios e meio mais tarde Einstein viesse a basear o seu trabalho num insight extraordinariamente semelhante”: itálico e negrito meus.

                            O DÚBIO JULGAMENTO DE RUSSELL, colocado mais acima, é este: “Bertrand Russell definiu Pitágoras como ‘intelectualmente um dos homens mais importantes que já viveram, tanto quando era sábio como quando era tolo’”.

                            Como uma pessoa pode ser sábia e tola ao mesmo tempo?

O DÚBIO JULGAMENTO DE RUSSELL (segundo o Aurélio Século XXI)

Sábio
[Do lat. sapidu, 'que tem sabor'; no b.-lat. já significava 'ajuizado', 'prudente’. ] Adj. 1. Que tem muita sabedoria; que sabe muito; erudito. 2. Que tem profundos conhecimentos numa dada matéria ou especialidade; conhecedor; perito, versado. 3. Que encerra muita sabedoria, erudição.4. Fig. Judicioso, avisado, sensato, prudente, discreto. 5. Fam. Diz-se de animais altamente amestrados. [Superl. abs. sint.: sapientíssimo.] S. m. 6. Homem que sabe muito; erudito. 7. Fam.  Filósofo (2). 8. Homem sensato, prudente, avisado. [Fem.: sábia; aum. deprec.: sabichão. Cf. sabia, do v. saber.]
Tolo
(ô). [De or. obscura.] Adj. 1. Que diz ou pratica tolices; sem inteligência ou sem juízo. 2. Tonto, simplório, ingênuo. 3. Boquiaberto, pasmado. [Sin., nessas acepç., muitos deles pop. ou de gíria e alguns bras.: abestalhado, abobado, abobalhado, abobarrado, amalucado, aparvalhado, apatetado, apombocado, assonsado, atolado, atolambado, atoleimado, babaca, babão, babaquara, baboso, badó, bajoujo, basbaque, bobo, bobó, boboca, bocó, bolônio, calino, chapetão, débil, idiota, imbecil, leso, lorpa, maluco, mandu, paca, pacóvio, palerma, palúrdio, parvo, paspalhão, patego, pateta, patola, pongó, sambanga, saranga, sarango, soronga, sorongo, tabaca, tonto e zote.] 4. Vaidoso, presunçoso. 5. Ridículo (pessoa ou coisa). 6. Que não tem razão de ser; infundado. 7. Que não faz sentido; disparatado.

Se Einstein, julgado um dos maiores cientistas de todos os tempos, DOIS MIL E QUINHENTOS ANOS DEPOIS baseou seu trabalho em tanta semelhança devemos pensar que Pitágoras não era de modo algum um tolo.

TUDO É NÚMERO?

1.       Usamos números em tudo para medir e para fazer matemática, para calcular uma profusão de relações – de fato, pelo menos os números ESTÃO EM TUDO ou quase tudo que fazemos;

2.       Para além de nossa consciência racional poderia acontecer de à maneira dos filmes Matrix e 13º Andar TUDO ser uma ilusão e de fato todas as coisas serem constituídos de números na mente do Grande Arquiteto, digamos assim. Na racionalidade não temos como provar que é ou que não é, a velha questão do dualismo;

3.      O mundo poderia ser uma geometria-algébrica einsteiniana-riemanniana (Riemann, Bernhard (1826-1866), matemático alemão que elaborou um sistema de geometria que contribuiu para o desenvolvimento da física teórica moderna. Enciclopédia Microsoft® Encarta®. © 1993-2001 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados) baseada, portanto, em números;

4.      Para além disso a Rede Cognata diz que “tudo é número” pode ser traduzido de várias formas, já que tudo = EQUILÍBRIO = DOR = DURO = TERRA e tantas outras; e número = MÃO = MÃE = NÃO = NOME = NANO = NÓ = ESFERA e outras. Assim, “tudo é número” pode ser traduzido como EQUILÍBRIO É NÃO = BUDA É MAU = DÊ A MÃO = DOR É MÁ = TERRA É MÃE e assim por diante. Por exemplo, quando olhamos através da cibernética temos os conceitos de retroalimentação positiva (RAP), que abre em espiral para o colapso, e retroalimentação negativa (RAN), que fecha a espiral para o controle ou centro. Evidentemente a RAP é feita através do sim e a RAN através do não – daí faria o máximo de sentido dizer EQUILÍBRIO É NÃO, quer dizer, para obter equilíbrio devemos dizer não. Se dissermos sempre sim a tudo chegaremos ao colapso. Como a tendência já é o agente fazer, dizer não de fato controla ou centra.

De todos os modos Pitágoras estaria certo.

Não sei como poderia acontecer de ele ser tolo.
Vitória, domingo, 1º de maio de 2005 (um dia para o trabalhador e 364 para o patrão)

Nenhum comentário:

Postar um comentário