sexta-feira, 22 de setembro de 2017


Combates no Espaço e Escape Caótico

 

                            Em Guerra nas Estrelas (primeiro episódio lançado, IV da seqüência, redenominado Uma Nova Esperança) há a cena clássica em que Luke Skywalker busca orientar os disparos que devem entrar pelo túnel que leva ao centro da Esfera de Batalha e que finalmente a explodirão; ele vai em sua nave por um canal de metal e Darth Vader o persegue numa outra nave, atirando para diante. Há som, mas George Lucas disse já ter tentado fazer filmes sem som no espaço (como deveria ser; não há ar para propagação), mas não deu certo.

                            Vader atinge outros antes com os disparos luminosos (também não deveriam estar presentes, como já disse, porque não há moléculas a serem fracionadas com emissão de luz), mas atirando adiante não consegue acertar. Em primeiro lugar os seres humanos não poderão operar (mesmo com a “Força”) naves no espaço, nem muito menos armas, porque os tempos de reação estão muito abaixo do segundo, na faixa dos nano segundos, impedindo-nos de acompanhá-los (num segundo há um bilhão de ns). Depois, isso de mirar e travar é de batalha sob gravidade na Terra. Terceiro, quando miramos não há como pensar em linhas e sim em ângulos: para distâncias pequenas grandes ângulos, para distâncias espaciais, que são imensas, ângulos estreitíssimos e as pessoas JAMAIS acertariam, especialmente com as grandes velocidades de lá. É como atirar em círculos - que são áreas - querendo acertar deles os centros, que são infinitésimos-pontos das áreas todas. É ridículo e serve apenas como diversão.

                            Então, quando forem (se forem) travadas batalhas no espaço, quem estiver sendo perseguido deverá dispor de mecanismos caóticos que desloquem as naves para cima e para baixo, para a esquerda e para a direita, para frente e para trás, dando saltos continuamente, de modo a impedir previsão de posição pelos mecanismos rastreadores das naves perseguidoras. Isso não se vê nos filmes nem nas previsões dos físicos-do-espaço atuais. As naves dariam pequenos saltos continuamente, não se podendo vê-las com olhos humanos. Elas jamais poderiam ir em linha reta, porque os programáquinas info-cibernéticos facilmente os rastreariam – já fazem isso desde a II Guerra Mundial e Norbert Wiener (matemático ciberneticista americano 1895-1964).

                            Também nisso os filmes de FC deverão mudar.

                            Vitória, domingo, 08 de maio de 2005.

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