As Elites se Fazem
Presentes
Já vimos neste Livro
119, artigo Lei e Guerra, que as
elites contém o povo com um dique-lei que deixa vazar produtivamente de modo a
produzir energia psicológica que desenha os espaços futuros populares
geográficos, evitando as guerras que tenderiam a vir. As elites extraem energia
dos povos e os organizam para produção segundo o PROJETO NACIONAL, auspiciosamente
vivendo em harmonia produtivorganizativa.
Assim, as elites SE
FAZEM PRESENTES, quer dizer, trazem os futuros letais onde estariam em guerra
com o povo até o presente para um acordo com o passado e seu
projeto-de-extração. Se agirem bem permanecem e se não o dique-legal é rompido
e o passado vaza tumultuadamente rumo ao futuro, em conflito revolucionário DE
SUBSTITUIÇÃO DAS ELITES; uma revolução entra em curso, o choque se dá, as águas
vazadas arremetem e destroem tudo no caminho, como em 1917 na Rússia, em 1949
na China, em 1959 em Cuba e assim por diante.
Esse dique pode ser
muito duro e incontestável, a ditadura, quando a voz e os trejeitos populares
caóticos são superordenados e condenam quase todos à inexpressividade; e pode
ser macio e sábio, quando as elites conseguem um planejamento psicológico (das
figuras ou psicanálises, dos objetivos ou psico-sínteses, das produções ou
economias, das organizações ou sociologias, espaçotemporais ou geo-históricas)
consistente e duradouro. Em vez de extrair demais, tudo de uma vez só, como no
Brasil, elevando excessivamente a contenção, contentam-se com menos e
pressionam menos o povo.
Revoluções são
sempre denúncias d’excesso extrativista das elites locais e de sua
incompetência na ENGENHARIA PSICOLÓGICA (que compreende a engenharia econômica
e a engenharia sociológica), quer dizer, que o passado das elites e o futuro do
povo não se encontraram como presente satisfatório para ambos os lados: que o
passado puxou demais para si e para os prazeres da carne das elites.
Revoluções denotam
que as elites foram burras, estúpidas, ignorantes, exigentes demais, para além
da capacidade produtiva do povo. Jocosamente, que colocaram carga demais no
animal de tração; com isso as costas do burro não suportaram e arriaram. Bem
feito para elas (porque as elites são instrumentos de construção do povo e é o
povo que interessa: as elites de agora são os povos do passado que foram
construídos).
Vitória, sexta-feira,
13 de maio de 2005.
UM DIQUE
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EXTRAÇÃO
DE ENERGIA HISTÓRIA DO POVO PELAS ELITES
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O
LAGO É A NAÇÃO-HISTÓRICA
(é o povelite ou cultura em produçãorganização histórica-passada, candidata a
futuro-espaço de continuação)
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